domingo, 5 de junho de 2011

Soulmates Never Die ~ 3º capítulo

Happy birthday to you. Happy birthday to you. Happy birthday, dear Mariza. Happy birthday to you.
Abri os olhos a respirar com bastante dificuldade.
E, quando vi o qu me rodiava dei um berro.
- PARABÉNS A VOCÊ! NESTA DATA QUERIDA, MUITAS FELICIDADES, MUITOS ANOS DE VIDA. HOJE É DIA DE FESTA, CANTAM AS NOSSAS ALMAS PARA A MENINA: MARIZA, UMA SALVA DE PALMAS!!! HEY!!! – cantaram e bateram palmas todos os meus amigos: André Santos, Dalila Ventura, Patrícia Damas, Diana e Rita Correia, Pedro Carriço e Rodrigo Borges.
Todos os seus sorrisos e alegria conjunta, me fizeram desde logo esquecer o terrível pesadelo com a minha madraste a acordar-me e dar-me os parabéns.
- OBRIGADA, PESSOAL! – exclamei, risonha.
- Vá, vá! Tens de cantar o resto! – avisou Diana.
- Epá, Diana, isso só os bebés é que cantam!
- Mas tu hoje és bebé. – disse Rita C.
- Se for preciso mudar fraldas, estou cá eu! – comunicou Patrícia a rir-se.
AHAHAH! Patrícia e as suas fofuras para com os bebés...
- ZARPEM DA MINHA FRENTE! – aconselhou Dalila que estava quase a sufocar com tanta gente a taparem-lhe a visão. – A minha prenda tem de ser a primeira! – disse ela que trazia uma saquinho rosa claro com um laço gigantesco.
Agarrei no saquinho; lancei o cabelo ondulado para trás das costas; abri o saquinho e de lá saiu... ÓH! Uma Enciclopédia de Golfinhos. Aquela era A enciclopédia que andava a namorar já há algum tempo, mas não tinha conseguido juntar dinheiro para a comprar. Fiquei super feliz! Levantei-me num ápice e abracei a minha prima.
- Obrigada, Dadá!
- De nada, priminha!
- AGORA A NOSSA! – exclamaram as irmãs.
Depois de abrir as prendas das irmãs, de Pedro e de Rodrigo, agradeci-lhes.
André – que estava encostado à parede do quarto – aproximou-se e disse:
- A minha prenda é especial.
- Ai é?
- Sim, é. Não se pode abrir nem fechar, mas também isso agora não é importante, porque a minha prenda vai ser a última que irás desfrutar neste dia.
- Bom, só um belo enigma para se começar bem o dia!
André riu-se.
- Que horas são? – perguntei.
- São 8 horas. – informou Rodrigo.
- Então... e que tal se eu vos pagar o lanche no Eu&Ela ?
- Olha isso era uma ÓPTIMA ideia! – disse Diana.
- Yah-yah. – apoiaram os outros.
- Está bem. Esperem na sala, enquanto eu me arranjo. Olhem, os meus tios já saíram?
- Sim. Foram para a mercearia. – declarou Dalila.
- Okay...
Os meus amigos foram para a sala, enquanto eu fui à casa-de-banho.
Voltei para o quarto, abri o roupeiro e tirei umas jeans escuras, calcei as minhas All Stars preferidas, vesti a camisola do Bob Marley que Pedro e Rodrigo me ofereceram e um casaco de cabedal preto.
Fui buscar a minha mala e abri a carteira. Tinha 20€.
De relance, olhei para o envelope que estava em cima da secretária, onde estavam escritos os gatafunhos grossos do meu pai; era a minha mesada; 100€ por mês. Fazendo as contas, já tinha naquele envelope 2400€, tendo em conta que recebia aquela mesada à 2 anos. Nunca fui capaz de lhe tocar...
Encontrei-me com eles na sala e fomos todos para o café.
Tinha de me despachar, senão chegaria tarde ao trabalho. E, abençoado seja o meu trabalho! Nunca cheguei atrasada e não era no meu 19º aniversário que isso iria acontecer.
- Bom, queridos amigos, adorei a surpresa, mas tenho de ir trabalhar...
- Nós sabemos... – disseram as irmãs.
- E é por isso... – continuou Patrícia.
- Que vamos... – desenvolveram os vizinhos Pedro e Rodrigo.
- Contigo... – disse Dalila.
- Ao Zoo. – concluíu André.
- O QUÊ?
- Vamos passar uma tarde inteira no Zoo! Podes guiar-nos nas tuas pausas dos espetáculos, certo? – inquiriu André.
- Hum claro! Então vocês querem que eu seja a vossa “guia” no Zoo, é isso?
- EXACTO! – exclamaram.
- Está bem, então...
- Eu e o Rodrigo vamos nas nossas motos. – informou Pedro.
- Queres vir na minha moto, querida? – segredou Rodrigo ao ouvido de Diana.
- Claro! – respondeu ela ao despentear aqueles caracóis loirinhos. Como se alguma vez os conseguisse desgrenhar (ahah).
- Okay. Então o resto vem no meu carro. – esclareceu André.
- Está bem. – disse eu.
Fomos todos para o carro do André.
Eu fiquei no lugar do passageiro ao lado do condutor, mais conhecido por “lugar do morto” hum...
Rita C., Patrícia e Dalila sentaram-se nos bancos detrás.
Olhei para o relógio que marcava 8h30.
André conduziu rapidinho pela estrada fora até Sete Rios; não havia quase trânsito, portanto chegamos ao Jardim Zoológico às 9h45.
Tivemos de esperar um bocadinho pela abertura que era às 10h.
- Então, vá pessoal: vocês vão comprar os bilhetes, vão dar uma voltinha pela Quintinha e tirar umas fotos que eu quero ver! Eu vou para a Baía dos Golfinhos para me preparar e matar saudades dos meus bebés. – rindo-me. – O meu primeiro espetáculo é às 11 horas. Preciso de pelo menos 30 minutos depois do espetáculo. E que tal se esperarem por mim no Vale dos Tigres?
- Combinado! – exclamou Dalila.
- Então, até já. Ah... e tentem não assustar os animalinhos, por favor.
- AHAH! Vamos tentar. – disse André.
Abanei a cabeça, sorridente.
Bolas! Já não tinha tempo para fumar o meu cigarrinho.
Dei uma corridinha à minha zona preferida do Zoo.
Entrei pelos grandes portões e vi Rafael Esteves – o meu colega de espetáculos – a regar as zonas por onde nós e os leões marinhos teriam de passar.
- Bom dia, Rafa!
- Olá, bom dia, Mariza! PARABÉNS! – exclamou ele ao afastar o cabelo castanho liso com a mão. Tinha a T-shirt molhada, o que contribuía sempre para lavar logo as minhas vistas pela manhã, bem cedinho (ahah).
- Obrigada. Está tudo bem contigo?
- Sim e contigo?
- Também. Hoje trouxe visitas.
- A sério?
- Sim, são uns amigos meus. Depois dos espetáculos vou ser a “guia” deles.
- Ahah. Okay, okay. Olha a Micá andava à tua procura. Já a viste?
- Não, por acaso, não.
Três segundos depois, avistei uma rapariga pequena, com caracóis negros e curtos. Vinha a gritar pelo meu nome.
- MARIZA!!! – exclamou Ana Micaela já nos meus braços. – PARABÉNS!
- Obrigada, querida. Tudo bem? Pronta para trabalhar?
- Está tudo e contigo? Estou sempre pronta para tratar dos meus lémures. – os olhos dela iluminaram-se bastante ao dizer lémures.
- Eu estou óptima. O pessoal veio comigo hoje!
- A sério? – inquiriu Micá estupefacta. – Já há tanto tempo que não os vejo. Onde é que eles estão?
- Eu disse-lhes para irem dar uma volta pela Quintinha e assim, já não falta muito para o espetáculo das 10h, depois eles vêm assistir. A seguir e este espetáculo vou ser a “guia” deles pelo Zoo.
- Ah, mas que óptima ideia. Fazes bem, fazes bem. Não se esqueçam de visitar a minha Ilha dos Lémures. – lembrou com o dedo indicador no ar.
- É claro que não nos esquecemos. Vá, querida, agora tenho de ir ver os meus meninos e preparar-me para o espetáculo.
- Sim-sim. Vai lá, então. Boa sorte!
- Obrigada. – dirigi-me à casa de arrumações e, enquanto me afastava, ouvi Ana Micaela dizer “boa sorte” e dar um beijinho ao seu namorado super giro.
Vesti o meu fato impermiável que dizia Dolphin’s Bay.
Finalmente, o meu momento mais aguardado durante toda a semana.
Soprei no meu apito mágico (eheh) que fez com que Vicki, Flying, Ronaldo e Esmeralda viessem à tona de água.
- Olá meus amores. Como estão? Como estão? Vamos dar um grande show, não vamos? Vamos! – dizia eu ao dar-lhes beijinhos na cabeça e festinhas.
Rafael entrou – já tinha vestido o seu fato – e também soprou no seu apito mágico. Foram todos aproximar-se dele, menos a Vicki que ficou comigo, enquanto eu a enchia de beijinhos. Mas, depois apitei-lhe para que ela fosse ter com o Rafael; ela foi.
Faltavam 20 minutos. Uffa. Estava nervosa. Isto acontecia-me sempre.
Eu e Rafael começamos a fazer os exercícios de aquecimentos muscular e respiratório. De seguida, fomos alimentar os golfinhos e os leões marinhos.
Oh meu Deus! A Sabrina quase me atirou ao chão. O Estevão é sempre mais calminho.
Espreitei pelas portas das arrumações; avistei vários grupos de crianças e muitos adultos; infelizmente, não consegui ver os meus amigos.
O Daniel – o nosso técnico de som – já estava a preparar as músicas do espetáculo.
Fui encher os baldes com mais sardinhas e petingas.
Dirigi-me ao espelho dos balneários e apertei o cabelo num pompom.
Alonguei a coluna mais uma vez. Respirei fundo várias vezes, tentanto acalmar o meu batimento cardíaco.
As músicas de Daniel já se faziam ouvir.
O público aplaudia pelo ínicio do espetáculo.
Eram 11h05 quando o Rafael saíu dos portões com o Estevão – o nosso leão-marinho macho.
Fez umas graçolas, diferentes das que eu ía fazer, é claro. Obteve uma boa reacção do público.
Ui! Era a minha vez! Saí dos portões numa perseguição!
Era um papel que eu tinha de interpretar bem. Eu estava a fugir de alguém.
Quem seria?!
Corri, corri, corri até que caí de rabo no chão (ufa tinha caído bem, se tivesse caído mal, podia ter arruinado o show).
- Ora, ora, Mariza. O que raio estás aqui a fazer? – perguntou Daniel.
- Ainda perguntas?! – disse irônicamente. – Estou a fugir!
- A fugir? Mas, mas a fugir de quem?
- DELA! – berrei virando-me para trás. No preciso momento que me virei para trás, a Sabrina tinhasse escondido de mim (linda menina).
- De quem? Óh, Mariza. Estás a ficar maluquinha! Eu não vi nada. Vocês viram alguma coisa? – indagou Daniel, puxando pelo público.
- NÃOOOOOO! – gritaram.
- Não? Mas como não viram?! Ela é enorme. – disse eu, fingindo-me revoltada.
Do outro lado da Baía, apareceu Rafael a correr.
- Rafael? Rafael? Onde vais? O que estás a fazer? – perguntei, assustada.
- Ainda perguntas, Mariza? Estou a fugir!
- Também estás a fugir?
- Estou, sim. Tu também?
- Sim! – batendo com o pé no chão, quase desesperada. – De quem foges?
- Fujo DELE! – virando-se para trás. No momento em que Rafael se virou, Estevão fingiu-se morto. Ouvimos as risadas do público.
- Rafael é melhor ficarmos juntos, assim conseguimos defendermo-nos!
- Concordo, Mariza.
Nós os dois em conjunto e sintonia, em biquinhos de pés, fomos caminhando ao longo da Baía, espreitando, espreitando.
Inclinámo-nos para a piscina e, quando demos por isso, já Sabrina e Estevão nos tinham empurrado para dentro de água com temperaturas amenas.
Os leões-marinhos também mergulharam acrobáticamente nas águas,  onde rodopiaram e brincaram de modo ao público os ver.
Eu e Rafael também brincámos com eles dentro de água.
Saímos da piscina, tal como os leões-marinhos.
Fui buscar os baldes com o peixinho para eles. Alimentei-os pelo bom trabalho que fizeram.
De seguida, fomos às Bancadas; estava na altura dos leões-marinhos darem beijinhos.
Fui à Ala esquerda e Rafael à Ala direita.
Encontrei muitas crianças e idosos; uns gritinhos familiares chamaram-se à atenção. Os meus amigos nas Bancadas de cima, acenavam-me.
Quando cheguei lá a cima, fiz sinal a Sabrina para que desse um beijinho: às irmãs que se começaram a rir e a comentar o cheiro a peixe, à Patrícia que ficou com cócegas na bochecha, devido às grandes barbas da Sabrina, ao André Santos que me olhou com o olhar Nº 2 “Vou matar-te”, o Pedro e o Rodrigo recusaram-se a levar um beijo de uma leoa-marinha e a Dalila que pensava que me escapava só por estar a tirar fotos, levou um beijão na boca (ahah).
Percorri as outras bancadas e finalmente, voltei à Baía, com Rafael do outro lado.
No final, cada um de nós beijou o seu leão-marinho antes deles mergulharem profundamente e saltarem para os pilares, onde levantaram as patas traseiras e disseram adeus ao público.
Depois, vieram para o pé de nós e, fomos para as piscinas traseira, onde eles passavam uma bela vidinha.
Fomos de imediato às piscinas dos golfinhos e abrimos as portas que os levaram à Baía.
O público ficou ao rubro com a entrada dos golfinhos.
O Daniel fez a apresentação, enquanto eles, pela nossa ordem estipulada, faziam acrobacias, piruetas entre outros truques.
Respirei fundo, e mergulhei. Vicki e Flying agarraram nos meu pés e ajudaram-me a nadar para a frente. Elevaram-me no ar e fiz um triplo mortal.
O resto do espetáculo correu muitíssimo bem. O público gostou imenso.
Eu, Rafael, Daniel e os nossos lindos golfinhos agradecemos.
Encaminhei-me para os Balneários, onde tomei duche; ensaboei-me bem (para tirar o cheiro e o cloro da piscina) com o meu gel de banho preferido de caxemira.
Penteei o cabelo comprido em frente ao espelho. Pus um pouco de creme na cara para hidratar melhor a pele. De relance, olhei para os meus olhos. Os meus olhos eram tão e qual os da minha mãe: de cor verde claro, amêndoados com grossas pestanas a rodiá-los.
Vesti umas calças de ganga velhas e uma sweat-shirt do Jardim Zoológico.
Fui buscar o meu crachá de identificação.
Dei uma corridinha até ao Vale dos Tigres, onde vi um grupinho de cabeças a zombarem de um lado para o outro e a tirarem fotos.
- Então? Gostaram?
Surpreendi-os; não estavam à espera da minha vinda repentina.
- YAH! Adorámos! – exclamaram as irmãs, Dalila e Patrícia.
Sorri-lhes.
- Já viram os nossos tigres da Sibéria?
- Sim-sim. – disseram Pedro e Rodrigo entusiasmados.
- Sendo assim, vamos ao Aviário Asiático.
Passámos pelos Koalas, Bisontes, Búfalos, Rinocerontes-Indianos, Suricatas (oh, eu adorava-os), Girafas e chegámos à Ilha dos Lémures.
- Voltámos, Micá! – exclamei eu ao aproximar-me de Ana Micaela que tinha às costas um pequeno lémure brincalhão.
- Oi pessoal! – cumprimentou os meus amigos.
Ficámos um pouco a conversar, mas quando olhei para o relógio disse que eram horas de continuar o percurso ainda longo. Despidimo-nos de Micá.
- Vá, vamos lá gente! – ordenei e notei que já estava a ser seguida pelos meus amigos. Ouvi os flashes da máquina fotográfica de Dalila dispararem.
Olhei para trás ao querer fazer um comentário cómico à minha prima, mas a minha atenção foi capturada por André que tinha ficado para trás a sussurrar ao ouvido de Ana Micaela que sorria, entusiasmada.
- CARTÃO VERMELHO DIRECTO! – berrei.
André levantou a cabeça, alarmado. Encarou-me e viu a minha risota. Abanou a cabeça, sorrindo e juntou-se a nós.
Dalila tirou fotos aos enormes elefantes, aos leões preguiçosos, aos raros okapis, aos enfadonhos hipopótamos, aos elegantes flamingos.
Parámos num café minúsculo. Pedi uma garrafa de água e uma sandes mista (já eram 13h30). Também os meus amigos pediram sandes e bebidas.
Voltámos a caminhar e entrámos no Templo dos Primatas, visitámos os pandas-vermelhos, a Aldeira dos Macacos, tigres-brancos (que me fascinavam), também as chitas e os palancas. Eram 14h45, ou seja, eram horas de fazer o meu segundo espetáculo.
Indiquei-lhes para que fossem andar de Teleférico, pois a vista do Zoo e de Lisboa era muito boa. Dei uma valente corrida em descida de volta à Baía.
Cheguei lá passados 10 minutos; já estava a suar, apesar de estar um certo frio.
Eu e Rafael voltámos então ao nosso trabalho que adorávamos.

Quando acabei o espetáculo, tomei banho. Vesti as minhas jeans e a minha nova sweat-shirt do Bob Marley. Penteei o cabelo ondulado e deixei-o secar por si próprio. Despedi-me de Rafael e encontrei-me com os meus amigos no Teleférico, perto da Quintinha.
Saímos do Zoo e voltámos ao carro de André.
Enquanto, Dalila, Rita C. e Patrícia cantavam “Leva-me a Dançar” dos Santos e Pecadores que passava na Rádio Comercial, aproveitei e murmurei ao André:
- O que estavas a segredar à Micá?
- Desculpa? – inquiriu ele, espantado a olhar-me de lado.
- Desculpo-te porquê?
André bufou.
- O que lhe disseste?
- Mas que cuscuvilheira!
- Pois sou! Mas vais contar-me!
- Ai não vou, não.
- Porque não?
- Porque não tens nada a ver com isso.
- Ai não? Pensava que não havia segredos entre nós!
- E não há.
- Estás a mentir-me, então. Não me queres contar o que lhe disseste, logo estás a esconder-me algo, ou seja: um segredo!
- Nada disso. É por uma boa causa.
Fitei-o, calculista. Ele era teimoso e pensava que aqueles olhinhos azuis me distraíam, mas não o iriam fazer. Eu iria saber  a verdade, mais cedo ou mais tarde.
André conduziu em silêncio, com cuidado. Eu também não abri a boca. Estava chateada e ele sabia disso. Deixou a minha prima em Sacavém e Diana veio juntar-se a nós no BMW cinzento do meu melhor amigo.
Chegámos rápido a casa. As minhas amiga saíram e eu abri a porta.
Uma mão impediu-me. Virei-me para ele.
- O que foi?
- À noite queres ir dar um passeio ao Parque das Nações?
Ponderei por segundos.
- Sim, se prometeres contar-me toda a verdade!
- Eu prometo. Mas, à noite.
- À noite que seja!
- Óptimo. Então, até mais logo.
- Até logo.
E saí do carro, vendo-o afastar-se até sair da rua.

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