domingo, 5 de junho de 2011

Soulmates Never Die ~ 10º capítulo

Toquei novamente à campainha. Ouvi uns passinhos do lado de lá da porta.
- Prima! – exclamou Dalila bastante surpreendida.
- Olá! – exclamei alegremente.
- O que é que aconteceu à tua cara?
- Ah isso. Não interessa.
Entrei em casa.
- A tua mãe ainda não chegou do trabalho?
- Nops.
Fui para o seu quarto e saltei para cima da cama. Procurei o meu telemóvel e pûs a tocar “Life Is Real” de Ayo.
- Desculpa ter aparecido aqui sem avisar.
- Hum... deixa lá...
Sentei-me na cama. Olhei a minha prima, minuciosamente.
- Sentes-te bem, Dalila?
- Porque perguntas?
- Estás estranha!
- Eu? Estranha? Não. Nem pensar. Nada disso.
- Sim-sim. Pára de me atirar areia para os olhos.
De repente, ouvi o autoclismo.
- Disseste que a tua mãe não estava em casa.
- E não está.
- Então, quem é que...?
Um rapaz alto, magro, todo vestido de preto, com o cabelo liso e escuro comprido em forma de tigela, com olhos castanhos escuros e com um picering na sobrancelha fina esquerda, entra no quarto.
- Quem é esta? – pergunta com voz grossa. Levantei as sobrancelhas.
- Esta?! Puff, a sério...
- Pires, apresento-te a minha prima: Mariza.
- Pires? – e comecei a rir histericamente, devido ao contraste entre a aparência do rapaz e ao seu nome meio gay.
- Oh desculpa lá. Não sabia que eras a tão famosa prima da Dalila.
- Hum, aposto que não sabias, não.
Ele esticou-me a mão e eu apertei-a ainda desconfiada.
- Então quem é o Pires?
Dalila olhou para mim, confusa.
- O Pires é... o Pires.

- Não foi isso que perguntei. Refiro-me ao papel que ele desempenha... principalmente neste quarto...
- O que queres dizer com isso? Eu. Eu não... – dizia Dalila, atrapalhada.
- Hum-hum. Bem me parecia. É um prazer conhecer finalmente o namorado da minha prima.
Pires sorriu para mim. Depois notou algo e ficou sério.
- O que aconteceu à tua cara?
- Ah isto. Comprei um saco de box para descarregar a minha raiva, no final, fui eu que levei. – rindo-me das minhas pobres figuras.
- Não sabia que gostavas dessas práticas, prima.
Ficámos a olhar uma para a outra.
- Bom Pires, é melhor ires andando. A minha mãe deve estar quase a chegar.
Pires apertou-me a mão e deu um beijo na testa de Dalila.
Voltei a deixar-me cair as costas na cama e a seguir a letra da música que adorava.
- Mariza, precisamos de falar a sério: quem é que te fez isso?
- Não interessa. Nada disso interessa agora. O que importa é que ele me beijou! – exclamei, sorrindo estonteantemente.
- Não interessa? Já te viste ao espelho? Beijou-te? Quem é que te beijou?
- Espera! Quando uma pessoa beija outra... isso significa que gosta dela, certo? – duvidei.
- Presumo que sim.
- OMG! Ele gosta de mim! – rindo-me. Depois desci à terra, repentinamente. – Como é que ele pode gostar de mim?!
- Mariza, estás a enervar-me! Quem é que te beijou?
Suspirei, apaixonadamente.
- O Espanhol...
Dalila fez cara de confusa.
- Tu estás a referir-te ao javi?
Acenei com a cabeça.
- Referes-te ao Javi García?
- Sim.
- Mas... àquele Javi que joga no Benfica?
- Sim.
- Ao melhor médio-defensivo do Benfica?
- SIM, PORRA!
- Ah, esse Javi García.
- LOL. – disse eu ao revirar os olhos.
Passados uns meros segundos:
- Ele beijou-te?!
- SIM!
- OMG e como foi?
- Como foi o quê?
- O beijo, páh!
- Ah, não foi nada de especial. Só um pequeno encosto de pele. Nem sequer consegui corresponder ao beijo.
- “Só um pequeno encosto de pele”? E estás nesse estado de histeria?
- Não estou histérica. – disse amargamente.
- Estás sim!
- Não estou nada! Só estou plenamente feliz.
- Eu sabia que gostavas dele! Esses olhos têm um brilho diferente quando o ves e quando ouves o nome dele. Olhando para ti, até consigo ver se estás ou não a pensar nele.
- Credo! Vou-me pôr a pau contigo.
- AHAH! É verdade. – sorriu. – Ah, e ele gosta de ti, também. Portanto, tens de lhe dizer o que sentes.
- Talvez sim... talvez não. Eu acho que ele se arrependeu de me ter beijado.
- Isso foi por ter pensado que não querias que ele te beijasse.
- E porque razão pensaria assim?
- Porque não correspondeste!
- Pois... tens razão.
Passados uns minutos, a porta abriu-se. Dalila foi a correr para a porta e eu segui-a mais atrás.
- Mãe!
- Boa noite, filha.
- Mãe, hoje temos uma visita.
Saí detrás das costas de Dalila.
- Olá, tia Sara.
- Mariza! À quanto tempo... – e abraçámo-nos.
- É verdade.
Ela mirou-se minuciosamente.
- À medida que o tempo passa, estás mais e mais parecida com a tua mãe. – disse ela ao olhar para os meus olhos amêndoados verdinhos. Ela via os olhos da minha mãe. Via os olhos da sua falecida irmã.
- Obrigada. – sorri.
- Vá, venham ajudar-me com o jantar.
- Não podemos encomendar uma pizza? – inquiriu Dalila.
- Boa ideia. – disse a tia Sara.
- Vou telefonar, então.
Eu fiquei na cozinha a ajudar a tia a pôr a mesa.
- Como está a tia Madalena?
- Uma chata como sempre. É um inferno viver com eles.
- Se o teu pai deixasse, vinhas viver connosco.
- Já tenho 19 anos, o Tribunal já não manda em mim. Já não sou da responsabilidade dos meus tios, mas o meu pai faz questão de eu continuar a viver naquela casa. Quer dizer, a Juliet é que me obriga a ficar lá. Ela sabe perfeitamente o quanto eu gosto de viver lá. – afirmei sarcasticamente.
- Não vamos estragar o nosso jantar e a grande surpresa da tua visita a falarmos daquela cobra venenosa, pois não?
Sorri-lhe.
- Claro que não. Ela não merece isso.
Dalila voltou à cozinha.
- Já as encomendei.
(...)
- Hum-hum, que delicia. Adoro estas pizzas. Na Quinta da Piedade não temos pizzarias tão boas. – deliciava-me eu a atacar uma fatia de pizza Quatro Estações.
- É uma pena. Tens de vir cá mais vezes, então. – falou Dalila.
- Concordo! Somos sempre nós as duas sozinhas. Sempre a mesma coisa. Um tédio de vida. – declarou a tia Sara.
- Pois... – disse Dalila.
Suspirei. Quando a irmã da minha mãe/minha tia/mãe da Dalila engravidou, o seu companheiro deixou-a com a filha para criar e nunca mais se dignou a aparecer ou a telefonar para elas. A mãe da Dalila tem agora 38 anos, por isso e fazendo as contas, tinha 18 anos quando engravidou. Toda a família do meu pai – super conservadora – nunca encarou estes factos docemente. Portanto, com uma mãe ainda tão nova e com uma filha que se veste de preto da cabeça aos pés, com piercings e tatuagens marcadas na pele, a família do meu pai, principalmente a tia Madalena (irmã do meu pai) tentaram sempre de tudo para me afastar delas. Como é óbvio, isso nunca aconteceu.
A tia Sara era um pedacinho do meu passado. Era um pedacinho que eu queria lembrar e nunca esquecer.
Apesar de não ter os olhos verdes claros da minha mãe, a tia Sara tinha outros traços característicos da minha mãe, tais como os lábios carnudos e rosados, a pele pálida, o cabelo espesso e ondulado com alguns canudos.
Características essas que Dalila não tinha herdado da sua mãe, visto que a minha prima tinha o cabelo comprido, liso e castanho escuro e olhos quase pretos. Mas o mais importante, é que a tia Sara tinha o sorriso da minha mãe. Aquele sorriso que afastava qualquer pesadelo. Aquele sorriso que fazia brilhar qualquer estrela amuada no céu. Aquele sorriso que sempre troue alegria, esperança, felicidade e Paz ao meu coração.
Eram destes pormenores que eu não queria abdicar, jamais.
- Prometo que vos venho visitar mais vezes.
- É uma promessa Ventura? – inquiriu a tia Sara.
Ri-me: - É uma promessa Ventura!
- Então, não tenho de me preocupar se a vais ou não cumprir, pois sei que vais.
Sorri-lhe com ternura e ela também o fez... mas por pouco tempo.
Adoptou uma cara mesmo séria que quase parecia a minha mãe quando estava mesmo muito zangada.
- Agora, tens sérios esclarecimentos a dar-nos, Mariza Alexandra Ventura.
- WOW, que voz e cara sérias!
- Consigo fazer pior.
- É melhor não arriscar. – ri-me.
- Mariza?!
- Sim?
- Vais contar-nos quem é que te fez essas nódoas negras na cara ou é preciso mais cara séria? – perguntou ao fazer a cara séria.
- Ah e não nos digas que foi com um saco de boxe. Vais dizer-nosa verdade! – exclamou Dalila.
- Exacto! – concordou a tia Sara, depois apercebeu-se da tolice que a sua filha tinha dito. – Um saco de boxe?!
- Longa história, mãe. Zero de romance, pouco da fantasia e 100% de falsidade. Mesmo pouco interessante.
- Assim sendo, esta é a tua deixa para nos contares tudo.
Suspirei sem defesas.
(...)
- Eu... eu nem acredito nisto. – murmurou a tia Sara.
- Calma! Ainda estou chocada. Preciso de uns minutos para me recompôr. – afirmou Dalila. Cruzou os braços na mesa e deitou a cabeça neles, tapando a cara.
- Mas não houve aquele tipo de contactos, pois não? – quis saber a tia Sara.
- Não. Eu fugi do carro a tempo.
- Foste muito corajosa, querida. Mentiveste a cabeça fresca e agiste.
- Sim, mas não fui muito forte a seguir. Quando estava a atravessar a estrada, vi um carro a aproximar-se e perdi os sentidos.
- OMG! – exclamou Dalila ao levantar a cabeça violentamente.
- E o que aconteceu depois? – perguntou a tia Sara.
- Isso já não me lembro. Quando voltei a acordar já estava numa cama...
- COMO? – interrogou Dalila, escandalizada.
- ONDE? – interrogou a tia Sara, também ela escandalizada.
- Calma, deixem-me explicar tudo sem interrupções.
- Algo me diz que esta história está apenas a começar. – opinou Dalila.
- Ah, pois está. – declarei.
Após ver as caras de horror de ambas, reformulei a frase:
- Quer dizer, acabou o drama e a tragédia. Agora passamos à parte boa e bonita da história.
- Isso é... tranquilizador. – disse a minha prima.
- Dalila, desde quando é que acordar numa cara que não a tua, é tranquilizador? – interrogou a tia Sara a tremer um pouco.
- Mas de certeza que o dono da cama é muito, muito fixe.
- Hã?
- Não vês a cara dela, mãe?
Sorri timidamente à minha prima. De repente, Dalila abriu muito bem os olhos.
- Não...
- Não o quê, filha?
- Não...
Não o quê, Dalila? Ainda me dá uma coisa má no coração.
- Pois claro! De quem mais poderia ser o dono da cama?! – divagava ela.
- Dalila? – disse a sua mãe.
Finalmente, ela virou-se para a tia Sara.
- Queres saber quem era o dono da cama, mãe?
- Claro que quero, ora essa.
- Já venho. – disse Dalila ao sair da cozinha apressadamente.
Voltou num instante com o seu portátil. Pousou-o na mesa, escreveu algo com o teclado preto, olhou para mim com um ar satisfeit e por fim, virou o ecrã para nós.
- Ai, meu Deus! – assustou-se a tia Sara. – Mas que pedaço de homem! Quem é ele?
- É o dono da cama onde a Mariza acordou. É o seu novo amigo. É o rapaz que pôs o André Santos no Hospital. É o rapaz que salvou a Mariza. É o rapaz que é super querido para ela e que a beijou e ela feita parva-barra-otária-barra-xoné não correspondeu. É o rapaz que gosta da Mariza e que eu sei que ela também gosta!
- Não podias ser mais directa, não? – inquiri eu, irónica.
- Apenas digo factos verídicos.
- Oh, por amor de Deus. Porque é que estás aqui? Telefona-lhe e diz para se encontrarem e falarem melhor! – exclamou a tia Sara.
- Mãe, será que eu referi que ele é Espanhol? – perguntou Dalila, alçando as sobrancelhas.
- Tu não podes deixar escarpar esse homem! – exclamou a tia Sara uma vez mais.
- Mas... eu não tenho o Nº de telemóvel dele.
Dalila bufou. Sara bateu com a mão na testa.
As três, arrumámos a mesa e lavámos a loiça.
Dalila emprestou-me um pijama quentinho e eu vesti-o.
Quando ía pegar no telemóvel para ouvir umas músicas de Ayo, vibrou-me nas mãos. Era um alerta mensagem.
“ Hola. Tenso su número de teléfono. Mantenga este número, por qué es mío. A qué hora sales de la escuela manãna? Quieres visitar André? “
Sorri para o ecrã do telemóvel.
“ Olá. Saio às 13h15, mas almoço no refeitório, porquê? Acho uma óptima ideia =D “
 “ Si lo desea, puedo ir a recogerte hasta 14 horas para ir a visitar André.. “
 “ Aceito. Então, até manhã. “
“ Hasta manãna. Besos. J. “
Mordi o lábio, sorrindo.
- Quem era? – inquiriu Dalila, curiosa.
- Digamos que... tenho plano para amanhã.
- Ai sim?
- Sim, vamos ver o André.
- “Vamos”? Tu e mais quem?
- Oh, tu já sabes.
- Entendi.
Rimo-nos e dirigi-me à casa-de-banho. Quando iá acender a luz:
- Mariza, amanhã vou contigo à Polícia. – informou a tia Sara.
-À Polícia? Porquê?
- Vamos apresentar queixa contra o Ricardo Mendes.
- Queixa?! Não, não posso.
- Porque não?
- Porque... desculpa, tia, mas amanhã já tenho planos marcados.
- O que é que é mais importante do que ver aquele miúdo punido?
- Amanhã, a Mariza vai sair com o Javi! – berrou Dalila no seu quarto.
- Ah, pronto. Amanhã está fora de questão. Assim, fica para depois de amanhã.
- Na sexta-feira não dá. Quero adiantar alguns tpc’s para no fim-de-semana dedicar-me inteiramente ao trabalho.
- Hum, sendo assim, logo combinamos noutro dia.
- Está bem. Obrigada, tia.
- De nada, querida. Tem uma boa noite.
- Gracias, a ti también.
- Ouviste, mãe? Até já fala Espanhol! – exclamou Dalila do quarto.
Dalila e a tia Sara riram-se, enquanto eu escovava os dentes.
Voltei para o quarto e ajudei a minha prima a ajustar a colcha da cama.
- Não queres apresentar queixa, pois não? – perguntou Dalila, desconfiada.
- Não, não quero.
- Porquê?
- Porque não! Ele não me violou.
- Preferias que o tivesse feito?
- Não, parva! É claro que não.
- Então...?
Abanei a cabeça, teimosa.
- Já pensaste que se apresentares queixa, podes impedir que ele faça isso a mais vítimas?
- Não quero e não vou fazer queixa! Imagina a vergonha que passava na escola se soubessem! Iriam olhar-me como uma coitadinha. E não te esqueças da minha tia Madalena. Se soubesse ía telefonar ao meu pai e a Juliet vinha logo atrás. Nem pensar nisso!
- E se a tua tia não souber ?
- Se não souber?
- Sim, podiamos ocultar que não é o mesmo que mentir.
- Não podes ocultar nada da Polícia, estás doida?! Perguntar-me-íam sobre os meus pais. E o que é que diria? A minha mãe está morta e o meu pai fugiu para o Reino Unido com uma cabra! Ah, já me esquecia: e fecharam-me a sete chaves com os tios mais parvos do mundo.
- E se fosse uma queixa anónima?
- Talvez sim. Talvez não. Tenho de pensar.
- Já é um começo.
- Agora tenho de ligar à tia Madalena.
- Acho que a minha mãe já está a falar com ela.
Olhámos para a porta fechada da cozinha. De vez em quando, ouviam-se uns berritos.
- Isto é muito perigoso. – comentei.
- Concordo.
- Há quanto tempo elas não se falavam?
- Desde que a Silvia morreu.
Dalila, desde que a minha mãe morrera, tratava-a sempre pelo nome próprio. Ela pensava que era menos doloroso para mim, ouvir o nome da minha mãe do que ouvir a expressão “a tua mãe”. Mas para além disso, Dalila não conseguia aguentar a ideia de perder a sua mãe, como eu perdi, pois a tia Sara e eu somos as únicas pessoas que constituem a sua pequena família.
- Bem, é melhor deitármo-nos. Amanhã temos de nos levantar cedo.
- Sim, é melhor.
- E tens de dormir bem. Vais ter um encontro.
- Não é nenhum encontro, Dádá. Ele é apenas simpático em dar-me boleia até ao Hospital.
- Sim-sim, vai-me contando histórias.
- Boa noite, Dádá.
- Boa noite, Marishka.
(...)
No refeitório, quinta-feira à hora do almoço:
- Credo, rapariga! Abranda o ritmo, sim? Ainda ficas mal-disposta com todas essas pressas!
- O que foi? Não tou com pressa. Tenho fome!
- Tu? Fome? Tu nunca tens fome! És sempre uma morte lenta a comer.
Fiz uma careta à minha prima.
- Vou deixar passar essa, porque estou com pressa.
- Estás a ver que estás com pressa?!
- AH, AH, AH. Que piadinha. Vê lá se não te cai um dente.
- Oh, meus ricos dentes. – gozou Dalila. – Estás de mau-humor, isso significa que estás nervosa.
Revirei os olhos. Acabei de almoçar e despedi-me de Dalila.
Ainda faltavam 5 minutos para as 14 horas.
A minha respiração e pulsação estava aceleradas. A tremelicar, puxei do maço de cigarros que se encontrava na minha mala comprida e preta.
Quando vi um Audi branco a surgir na estrada, atirei o pequenino cigarro para o chão e apaguei-o com as All Stars. Puxei a mala para cima, atirei o cabelo para trás e encaminhei-me até ao carro. Abri a porta e entrei.
- Buenas tardes.
- Olá, Espanhol.
Ele aproximou o seu rosto e depositou um beijinho sumarento de ternura na minha bochecha que logo de seguida, corou.
- Fumas?
- Sim, mas pouco.
- Fumas en ocasiones especiales?
Encolhi os ombros.
- Costumo fumar, quando estou nervosa. – desabafei sme pensar.
- Estás nerviosa?
- Não. – murmurei.
- Entonces, por qué fumaste?
- Porque... apeteceu-me.
- Muy bién. – disse ele, virando a sua atenção ao volante do carro.
Ligou o motor, pôs a mudança e partimos rumo ao Hospital.

2 comentários:

  1. li hj a fic e desde o ~1º capitulo ao ultimo que escreves te nao parei de ler!Quero mais!

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  2. fantastico... comecei a ler hoje e tou a adorar...

    quero mais...

    continua...

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