sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Two Become One (10 - Lilás)



Comprimi os lábios carnudos e avermelhados e clareei a garganta.
- És conhecida em Espanha, Lorelei! – Riu-se Olivia a meu lado.
Tive vontade de revirar os olhos e berrar para pararem de olhar como se eu fosse uma aberração que outrora estivera em vias de extinção. Levei um pouco de vinho à boca e ergui as sobrancelhas. Virei-me para Arbeloa.
- Sim, sou. – Respondi, mesmo que ele não tivesse feito uma pergunta.
- És. Namorada. Do. Chris. Evans? – Indagou Sergio.
Parecia completamente incrédulo.
- Foi o que acabei de esclarecer. - O que queres, rapazinho?!
- Porque não veio contigo para Espanha? – Quis ele saber.
Credo! Não sabe que a curiosidade matou o gato?! Também pode matar um gato com duas pernas!
- Porque ele está a trabalhar.
- A-hã… Estou a ver.
Começou a fervilhar em mim uma fúria incontrolável.
- Ouve lá! Tens algum problema?!
- Não… é só que… tu estás aqui e ele lá…
- E depois?! Eu confio nele e ele em mim. Além do mais, eu adoro-o! Estamos juntos e felizes há quatro anos. Devias preocupar-te com a tua namorada e não com os relacionamentos alheios. – Disse-lhe. Não queria saber se lhe estava a faltar ao respeito. Ele não tinha nada a ver comigo ou com o Chris. Não nos conhecia e tinha cara de quem estava a fazer juízos de valor. Pindérico!
Magdalena e Robert ficaram curiosos sobre o meu namorado, então Arbeloa navegava na Internet do seu telemóvel e mostrava diversas fotografias, onde aparecíamos juntos. Inclusive, alguns trabalhos de moda que fizemos conjuntamente, como por exemplo para a Men’s Health.


- Como se conheceram?
- Vivem juntos?
- Planeiam ter filhos?
- Porque nunca pensaste em fazer cinema, tal como ele?
Foram algumas das inúmeras perguntas que os meus primos me fizeram.
- Nós gostávamos muito de o conhecer. Tens de o trazer cá a casa um dia – Sugeriu a esposa do meu tio.
- Nós conhecemo-nos através do meu irmão mais novo, Ian. Estávamos num premier e ele apresentou-mo. Acho que foi atracção mútua. Não, não vivemos propriamente juntos. Filhos?! Hum… não está nos meus planos, mas penso que o Chris gostaria imenso. Eu sei que ele, por vezes pensa no assunto. Ele, em termos de personalidade, é muito diferente de mim. Ele é muito calmo, pacífico, tímido por vezes até. É um excelente amigo. E tenho a certeza que seria um excelente pai. Embora ele gostasse de ser pai assim… rapidamente, ele não gosta de colocar pressão para o meu lado. É que… eu tenho vinte anos e ele tem trinta e um.
Assim que acabei a frase, mais olhares esbugalhados se viraram para mim.
Respira fundo, Lorelei! Respira. Fundo!
Magdalena foi a primeira a interromper o silêncio que se instaurou na sala.
- Hum, que romântico! Portanto, ele foi o teu único namorado.
Arqueei uma sobrancelha.
- Ah, não.
- Disseste que o conheceste há quatro anos atrás, ou seja… quando tinhas 17.
- Sim, exacto, mas eu comecei a namorar a sério aos catorze.
Juanmi quase se engasgou.
Comecei a sentir-me corada.
Apetecia-me gritar: BASTA! A Inquisição já foi abolida, senhores!
No final do jantar, dirigimo-nos à sala e eu olhei de relance para o piano que lá se encontrava. Não sabia porque raio tinham um piano em casa se ninguém sabia tocá-lo.
- Os gémeos disseram que cantavam muito bem, tu e o Matt… - Comentou Robert.
- Eu apenas canto. Guardo o “muito bem” para a minha irmã. – Ripostou Matt.
- Porque não cantam para nós? Cantem para depois irmos partir o bolo.
- A Lorelei canta! – E Matt mostrou-me a língua. Eu fiz-lhe má cara.
Fizeram questão que eu cantasse uma música ao piano.
Sentei-me no banquinho.
- Hum… o meu namorado toca muito melhor do que eu, portanto peço desculpa se não soar muito bem.
Pressionei umas teclas para ouvir o seu som.
- Sendo assim, vou dedicar esta música aos belos aniversariantes. – Sorrindo-lhes. – Nunca pensem que os meus primos fossem tão fixes e boas pessoas. Por isso, obrigada por me terem surpreendido pela positiva. E espero que estas celebrações se repitam por muitos mais anos.
“Viva Forever”.
- Do you still remembre how we used to be?
Feeling together, believe in whatever my love has said to me.
Both of us were dreamers. Young love in the sun.
Felt like my savior, my spirit I gave ya; We’d only just begun.
Hasta mañana. Always be mine.
Viva forever, I’ll be waiting. Everlasting, like the sun.
Live forever for the moment. Ever searching for the one.
Yes, I still remember every whispered word.
The touch of your skin, giving life from within like a love song that I’d heard.
Slipping through our fingers like the sands of time.
Promises made, every memory saved has reflections in my mind.
Hasta mañana. Always be mine.
Viva forever, I’ll be waiting everlasting like the sun.
Live forever for the moment.
Ever searching for the one. (x4)

No final, bateram-me palmas, o que fez com que eu voltasse a aterrar na Terra, regressando da Lua. Os gémeos ficaram muito contentes, especialmente pelo facto de eu ter escolhido uma canção, onde cantasse três palavras em Espanhol.
Fomos, depois, partir o bolo e beber champagne.
Eram 23h50, quando os convidados disseram que tinham de se ir embora.
Olhei para a despedida de Olivia e Garay.
Eles raramente falavam, mas era notoriamente palpável uma certa tensão e atracção entre ambos.
Quando me apercebi, Sergio encontrava-se a meu lado.
- Desculpa a minha falta de educação há pouco no jantar.
Acenei com a cabeça.
- Eu também não precisava de ter reagido daquela maneira. – Respondi.
- Isso é um pedido de desculpas, também?
- Talvez.
- Vi que os teus olhos brilhavam ainda mais quando falavas do teu namorado.
Encolhi os ombros.
- É natural. Se estou com ele é porque gosto dele. Certamente que quando falas da P-Pilaaãr – Era complicadodizer o nome dela. – os teus olhos também brilham de maneira semelhante.
- Talvez. Os meus olhos agora brilham por outros motivos. Motivos esses que não envolvem a Pilar.
- E que motivos serão esses?
Vi-o erguer um dedo e acariciar-me as linhas do queixo, do maxilar e dos meus lábios. Depois começou a aproximar-se com uma intenção clara.
Afastei-me do seu rosto. Ele cerrou os dentes e engoliu em seco. Fitei o chão.
E pouco depois, foram-se todos embora.
Dirigi-me às traseiras da casa do meu tio.
Caminhei pela relva de pés descalços com um sapato em cada uma das mãos.
Sentei-me à beirinha da piscina; a água dá-me perto dos joelhos.
Fitava o nada e pensava em rigorosamente… nada. Por isso, fechei os olhos.
Senti uma presença por detrás das minhas costas. Ouvi essa presença a ajoelhar-se.
Pestanejei e virei-me com extrema vagareza. Os meus olhos concentravam-se na cor achocolatada dos dele. Tentava enviar o meu famoso magnetismo e notei que ele já se encontrava a borbulhar testosterona. Esbocei um sorriso malandro, desafiante. Reparei que ele estremecera, mas não fez nada. Notava-lhe laivos de excitação, assim como de hesitação. Perdi as estribeiras, revirando os olhos. Agarrei-o pelo colarinho da camisa e pressionei o seu corpo contra o meu. E foi aí que as nossas bocas se conheceram.
Oh, meu Deus! Que boca aquela!
A minha ansiava por mergulhar na dele, batalhar com a sua língua e roubar-lhe o fôlego, desde que lhe pus os olhos em cima.
Os meus braços cercavam-lhe o rosto, chegando o meu peito até ao seu pescoço.
As minhas mãos encontravam-se o mais abertas possíveis nas suas costas, pressionando mais e mais o seu corpo contra o meu, como se fosse crime distanciar-me do calor e radiação que o corpo dele transmitia. Nem tinha reparado que as minhas pernas já lhe rodeavam a cintura. Apenas me apercebi de tal, quando Sergio nos levanta e começa a caminhar sem rumo. O que tinha ele contra o facto de me possuir ali no meio da relva?
Eu não me importava. Já estava mais do que pronta para o receber, acolher dentro do meu ser. Sem descolar a minha boca da sua, consegui murmurar para nos levar em direcção a uma pequena casinha de madeira que era o atelier do meu tio Robert (ele era pintor. Yah, pois. Somos uma família repleta de talentos: actores, cantores, pintores…).
Ele empurrou a porta e entrámos.
Parámos de nos beijar. Ficámos com os narizes colados um ao outro.
Desci até ao chão. Sergio deu-me a mão e virou-me como se tivéssemos a dançar.
Enviou os meus cabelos compridos e um pouco cacheados para a frente, para cada lado do meu rosto. Os seus dedos alcançaram o fecho do meu vestido azul. Abriu-o e este escorregou pelas minhas pernas. Não me mexi nem um milímetro.
[E.S. Posthumus – Nara]
 As suas mãos moviam-se pelas minhas costas, massajando todo o centímetro de pele que encontrava. Depois, a sua atenção desceu até ao meu rabo.
Disse-me que estava surpreendido por agora saber que eu também era fã de tatuagens.
Apalpou o meu rabo e arranhou a tatuagem do pequeno escorpião que eu tinha lá tatuada. 

De seguida, concentrou-se na minha anca esquerda e investigou a tatuagem de uma sereia.
Lambi os lábios, mordiscando-os ao de leve e virei-me para ele.
Quando os seus olhos avistaram os meus seios, acho que quase se ia desfazer num orgasmo. Como se fosse um cego a mirar-me, afirmou baixinho que eu era a filha mais perfeita de Afrodite. Sorri-lhe de volta. E comecei a despi-lo e deixei os olhos escorregarem e afogarem-se nas tatuagens que percorriam o rio que era o seu perfeito corpo.
Biceps, tríceps, peito e braços definidos. Desapertei-lhe as calças e deixei-as cair, tal como as boxers Calvin Klein. A sua erecção incendiou todo o meu santo corpo.
Mordi o lábio. Queria tomá-lo na minha boca. Oh e ele também queria.
Porém, tinha de esperar mais um pouquinho. Não gosto de apressar o que deve ser feito com toda a calma. Além do mais, eu tinha a mania do perfeccionismo exacerbado.
Beijei, lambi e provei o seu mamilo na minha boca. Senti-a o seu pénis rijo como uma pedra junto ao meu abdómen. As minhas mãos passaram calma e tranquilamente pelos seus bíceps, apreciando-os com prazer. Comecei a dar-lhe beijos sumarentos pela barriga definida dele, mas a minha atenção fixara-se no seu centro de prazer.
Apertei-o e Sergio guinchou. Entretanto, tomei-o na minha boca. Os meus lábios, língua e dentes a trabalharem numa sintonia e harmonia perfeitas; um trunfo da experiência.
Eu sentia em como ele estava nos limites. Sentia como ele estava quente sob a minha posse. Ele ejaculou e comecei a engolir, saboreando todo o seu requintado sabor.
Quando o seu orgasmo se esvaneceu, ergui-me à sua frente com uma expressão que demonstrava o quanto é que ele estava em divida para comigo.
Nisto, ele agarra-me como se eu fosse uma menininha e atira-me para cima de uma tela enorme que estava pousada no chão do atelier. A pele das minhas costas informou-me que a tela estava pintada de fresca. As suas mãos começam a injectar calor pelas veias das minhas pernas, deixando traços bem delineados da sua presença em mim.
Atirei a cabeça para trás e fechei os olhos, o que apenas tornava o seu toque mais sensível sob a minha recepção. Passou a mão pelo meu sexo, mas foi meramente isso: uma passagem. E começou a atormentar os meus mamilos. Dedos, língua e dentes a trabalharem como se fossem um coro com variadas vozes divergentes, porém como por magia eram orquestradas em uníssono. Os meus gemidos juntaram-se a este coro e foi fenomenal a explosão de calor, prazer e luxúria que me proporcionou.
E quando me senti voltar à superfície do mundo real, começa uma dança de provocações. Ele insere dois dedos dentro de mim que massajam e circulam tenebrosamente. As minhas ancas começam a mover-se ao sabor do ritmo e a minha respiração fica apressada com a pele a repuxar as minhas costelas expostas.
Num piscar de olhos sinto-o a acasular-se a mim. E eu implorava apenas que ele aumentasse o ritmo e a violência dos seus embates. Ele esticou os braços e as suas mãos alcançaram as minhas, fazendo-me também esticar os braços, enquanto os seus lábios sugavam e percorriam o meu pescoço escaldante.
E quando eu vim, sonora e perdida, ele saiu de dentro de mim e atirou-se para o meu lado. Ele recuperava a respiração e eu sentia o meu orgasmo tornar-se infinito, prolongando-se e prolongando-se e prolongando-se…
Pisquei os olhos sucessivas vezes, pois tudo o que açulava a minha mente era o vídeo comercial de Chris Evans e Evan Rachel Wood.
Os lindos e picantes olhos de Chris encontraram os meus e o meu coração desfez-se, assolado. Respirei com dificuldade, pois lutava para que uma cascata de lágrimas não jorra-se dos meus olhos culpados, envergonhados.




2 comentários:

  1. OH RAPARIGA!!!!!!
    Isto está caliente demais em Espanha!!!

    Próximo?
    Besos.
    Ana Patrícia

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  2. OI! =D
    Eu avisei que as coisas iam aquecer xD
    Besitos *.*

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