sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Give Yourself To Me (10)


- Oh, Santo Deus! Ainda te demoras muito?!
Perguntou Sergio ao fundo das escadas.
BRRR, caraças para os homens! Mas será que é tão difícil compreender que uma mulher leva malas e malas para uma viagem?! Especialmente se não souber para onde vai?! Revirei os olhos, impaciente.
Respondi-lhe que estava prestes a acabar de fechar a minha terceira e última mala. Pedi-lhe para que subisse e me ajudasse com a restante bagagem.
Sergio levou duas delas para baixo, enquanto eu fiquei encarregue de levar uma.
O meu homem dirigiu-se ao piso de baixo. Peguei na minha mala, porém algo me deteve ao passar a porta. Virei-me e fitei o nosso quarto. Mordi o lábio ao recordar-me e quase reviver inúmeros momentos que passámos juntos. Fechei os olhos cessando aquele vendaval de pensamentos. Atravessei o corredor e, mais uma vez, parei. Deixei os meus olhos pousarem nas diversas fotos espalhadas por ele. Fotos em que nos encontrávamos juntos. Fotos que Sergio me tinha tirado ao mesmo tempo que me fazia cócegas. Fotos de nós com a sua família que eu tanto adorava.
Quem diria… como o tempo passa num mero piscar de olhos…
Três anos. Há três anos que estamos juntos. E felizes. Muito felizes.
Hoje é o dia do nosso aniversário…

– Hum… quero mais!
Exclamei, completamente suada e exausta, mas mesmo assim com réstias de força para falar e para o provocar.
Senti os braços fortes de Sergio, cercando o meu corpo já tão aninhado nele.
Ele sorriu e começou a beijar-me as pálpebras, as orelhas, a testa, o nariz, o queixo.
- És insaciável!
Revirei os olhos um momento antes da sua língua invadir a minha boca.
Depois, parou e acrescentou:
- Não te chegam nove orgasmos em duas horas?!
Ri-me bastante alto.
- Não! Nunca chegam, porque tu não imaginas o quanto eu te quero.
Ele encarou-me com os seus olhos castanhos quentes. Inundavam-me sempre a alma em tremendas ondas flamejantes.
- Nathaira MacNeil, sabes que eu te amo, não sabes?
- Por acaso até sei. No entanto… eu amo-te mais.
- Impossível!
Disse ele se sobrolho carregado. Hum…
Foi a minha vez de torturar a sua boca esfomeada por mim. “
“ [Lana Del Rey – Playing Dangerous ]
Uau! Já tinha acabado! Já tinha acabado a minha Licenciatura.
Os meus colegas de turma organizaram uma festa privada para as celebrações desta data importante. Eu convidei o Sergio. Temia que ele não aceitasse, porque seria visto pelos meus colegas e assim. Contudo, não foi isso que aconteceu.
Fomos juntos e divertimo-nos imenso. Alguns dos colegas com quem eu não tinha grande proximidade, ficaram perplexos com a relação que nós estabelecíamos. Óbvio, que era mais do que compreensível! Como é que uma rapariga como eu tinha conseguido amolecer um coração tão gelado como o de Sergio. Bem, mas isso eram águas passadas. Isso era o antigo Sr. Ramos. “






“ [ Lana Del Rey – Serial Killer ]
Depois de aparecermos mais em público (discotecas, restaurantes, passeios pela rua), os media começaram a suspeitar…
Sergio ia ter uma entrevista. Eu estava coladinha à televisão a vê-lo em directo.
- E quanto à sua relação com a modelo escocesa, Nathaira MacNeil?
- Sim, assumo a relação. Estamos muito felizes juntos.

E fez aquele sorriso que eu tanto venerava.
- Será que podemos saber um pouco mais sobre vocês? Por exemplo, como se conheceram?
- Fomos apresentados por intermédio de uma amiga nossa. Devo dizer que gostei dela, instantaneamente, no entanto, não sou uma pessoa fácil de amar. Portanto, ao início, não foi uma relação muito simples. Mas… a Nathaira nunca desistiu de mim e estou-lhe eternamente grato por isso.
OHHHH, meu Deus! Estava sozinha em casa, porém sentia as bochechas extremamente coradas.  
Sentia, igualmente, lágrimas a picarem, insistentemente os meus olhos.
- Sabemos que o Sergio já teve muitas namoradas. Acha que a Nathaira é a tal?
- Como eu disse há pouco, estamos muito felizes e apaixonados. O que acontecerá no futuro, não sei. O que eu sei e sinto é que quero construir o resto da minha vida ao lado dela.
Pronto, rendi-me! Deixei lágrimas grossas escorregarem até ao meu queixo.
Eu compartilhava dessa mesma ideia. A de querer construir o resto da minha vida ao lado dele. Sabia-o com cada vez mais clareza ao decorrer dos dias que iam passando… “





- Nathaira!
Chamou-me ele.
- O que raio estás a fazer ainda aí em cima?!
Abri a boca ao mesmo tempo que esbugalhava os olhos. Voltei a fechá-la e abanei a cabeça, tentando libertar-me das recordações que estivera a relembrar.
[ Lana Del Rey – XXIV ]
Sergio subiu as escadas num ápice.
- O que estavas a fazer? Passa-se alguma coisa?
Perguntou, até nervoso.
- Não, nada disso. Estava só… - Comecei por dizer. – Hum… - Arrependendo-me no momento seguinte.
Sergio expirou, impaciente.
- Acho que precisas de te animar!
Após esta exclamação, agarra-me pelas ancas e lança-me ao seu ombro.
Comecei a gritar para que ele me pusesse no chão, de imediato.
Ele não fez caso algum. Pegou na mala que outrora estava em minha posse e levou-nos escada abaixo.
Saímos para o jardim ao lado da nossa garagem. Finalmente, aterrei no chão.
Com as malas na bagagem, Sergio abriu a porta para que eu entrasse no carro.
Colocámos os cintos de segurança.
- Hoje estás mais bem-disposto do que o costume…
Comentei com um trave provocador e curioso. Mirei-o para avaliar a sua expressão facial.
- Achas que sim?
Fazendo-se despercebido.
- Hum-Hum!
- Estou apenas entusiasmado com a viagem, é só isso.
- Pois! A sério, Sergio! Diz-me, por favor, onde vamos! Detesto ficar às escuras.
- Detestas?! Pensei que adorasses, especialmente quando estás acompanhada por mim debaixo dos lençóis.

Esbugalhei os olhos na sua direcção e desferi-lhe um murro no ombro.
Riu-se e ligou o carro. Quando o motor já trabalhava, pegou-me na mão, beijou-a e ficou, por segundos, a olhar para ela. Sem a largar da sua, enviando ondinhas de calor pelo meu braço adiante, fizemo-nos à estrada.
Horas depois, estávamos prestes a embarcar.
Hum… Calculei que fôssemos fazer um cruzeiro às belas ilhas do Mediterrâneo.
Já a bordo do grande navio, dirigi-me ao cais para apreciar a visão de um mar imenso, infinito, sem fim.
Senti uma presença atrás de mim.
Sabia quem era.
[ Beyoncé – I was Here ]
Senti os seus braços a rodearem a minha cintura, apertando-me contra ele.
Abraçava-me por trás. Afastou o meu cabelo para a ponta do seu nariz fazer cócegas na minha orelha. Deixava-me sempre arrepiada.
- Palpites! Para onde vamos? Quero ouvir as tuas teorias.
Sorri.
- Vamos fazer um cruzeiro às ilhas Mediterrânicas.
Afirmei com total convicção.
- Hum, interessante!
- Acertei, não acertei?
- Não. Nem lá perto.
- O quê?! Então?! Diz-me lá, isto não é nada justo!
Exclamava, resmungona.
- Vamos à Escócia, Nathaira.
Parei de respirar. Teria ouvido bem ou foi apenas o meu inconsciente a sussurrar um desejo que já tinha há muito?
- Sergio. Estás a falar a sério?
- Sim, meu amor.
Mordi o lábio com o intuito de travar as lágrimas que se acumulavam nos olhos.
- Mas… porquê?!
- Porque quero conhecer a tua mãe e…
- E…?!
- E casar-me contigo lá.
Os seus braços largaram-me, de súbito.
Virei-me e deparei-me com ele ajoelhado a meus pés.
- Sabes que te amo e que te quero para sempre. Quero assentar as assas e gritar ao mundo que és minha, tal como eu sou teu.
Engoli em seco.
- Nunca conheci ninguém como tu. Antes de entrares na minha vida, eu era incompleto. E pior, não tinha consciência disso. Vi-te pela aquela primeira vez e revolucionaste a minha vida, a minha personalidade e a maneira de eu ver o mundo. Tu és a minha outra metade, não tenho dúvidas nenhumas disso. Quero estar contigo até ao meu último suspiro, até ao último bater do meu coração.
Humedeci os lábios.
- Isso parece muito tempo…
De onde raio tinha saído aquilo? Tinha mesmo dito aquela frase tão disparatada para o momento?!
- Foda-se! Para mim não parece tempo suficiente.
Ri-me. Soava mesmo tola. Com a mão um pouco trémula e um sorriso parvo nos lábios, afastei uma madeixa de cabelo da cara.
Sergio levou a sua mão ao bolso das calças e abriu uma caixinha.
- Nathaira MacNeil, irei amar-te hoje e sempre. Aceitas casar comigo?
Respirei com dificuldade.
Os meus olhos avistaram o lindo anel de noivado que ele tinha escolhido para permanecer no meu dedo durante muito tempo.
Fechei os olhos, meditando…

[ Emeli Sande – Read All About It Part 3 ]
- E assim vos declaro Marido e Mulher. Pode beijar a noiva!

Declarou o Sr. Padre com um largo sorriso na boca.
Seguiram-se imensas palmas.
- Papás! Os meus papás casaram-se!
Exclamou a pequena menina, felicíssima.
Abri os meus braços e acolhi-a junto a mim. Adorava-a mesmo.
- Daniela, vamos lá para fora esperar pela mamã, pelo papá e pelo titio, está bom?
- Oh, sim! Vamos atirar-lhes arroz e pétalas?
- Vamos pois!

E assim, dirigimo-nos para o exterior da Igreja.
Pouco depois, Sergio juntou-se a mim e à sua sobrinha.
- Então, pequenota! Estás contente?
Fazendo festinhas na cabeça da Daniela.
- Estou pois, mas ficava ainda mais feliz se me dissesses que daqui a pouco tempo também te casavas com a Natty!
E riu-se. Eu, corei, sem saber o que dizer.
- E porque queres que o tio se case com a Nathaira?
- Enfim!
– Suspirou a menina. – Primeiro, ela é super linda e simpática. Segundo, tu gostas tanto dela como ela gosta de ti. Terceiro, também vos quero lançar arroz e pétalas!
Rindo-se como se não houvesse amanhã.
(…)
A noite já ia longa e cheia de animação.
Já mal me aguentava de pé com os saltos altos que optei por calçar no casamento.
Chegou um dos momentos mais aguardados do dia: o lançamento do buque da noiva. As solteiras começaram, portanto, a agruparem-se atrás da noiva.
Sergio aproximou-se de mim com a Daniela ao colo.
- O que estás a fazer aí sentada?
Quis ele saber.
- Hum… nada…
- Pois, bem me parecia. Vai lá!
E apontou para o grupo das solteiras.
- Para quê?! É uma tolice. Eu não o vou apanhar.
- Porque é giro, Natty! Vá lá. Vá lá. Vá lá!
Pedia a Daniela.
- Eu também quero ir!
E fez-me olhinhos do género do Gato das Botas do Shrek.
Revirei os meus, rendendo-me.
Peguei-lhe na mão e fomos para o grupo.
- Tens de o apanhar por mim! Levanta bem os braços.
Exigia a sobrinha de Sergio. Olhei para ele e vi-o piscar-me o olho.
A rapariga que estava à minha frente parecia estar entusiasmada demais, histérica, aliás. Não paráva de pular e pular. Até parecia estar a aquecer para um lançamento da bola de basquete.
A irmã de Sergio lançou o seu buque e foi uma grande confusão!
Só se ouviam berros histéricos e “Ai’s” e “Ui’s” aqui e ali.
A rapariga que se encontrava à minha frente apanhou o ramo de flores.
No entanto, não se ficou por ali. Rejubilou-se dos pés à cabeça, até levar um encontrão, o que fez com que o buque escorrega-se dos seus dedos.
Daniela atirou-se para o chão e deixei de a ver no meio de toda aquela galhofa.
Segundos depois, senti algo levantar o meu vestido verde comprido.
Olhei para os meus pés de sobrancelha arqueada e vi a pequena Daniela com um sorriso típico de malandrice. Em que outra cara já tinha visto aquele sorrisinho?!
Acocorei-me e retirei o buque que se encontrava debaixo da bainha do meu vestido.
Segurei-o entre as minhas mãos e apreciei-o.
Olhei para a mesa, onde antes Sergio ficara sentado. Não estava lá.
Quando me apercebi, já se encontrava a meu lado e disse alto:
- Esta é a minha namorada, por isso nem pensei em virem já pedi-la em casamento! Ouviram rapazes?!
Assobios soaram no ar.
- Vês?! Agora já não tens escapatória, tio!
Daniela mostrou-lhe a língua. “



- Nathaira?!
Chamou-me ele, de volta ao presente.
- Desculpa… eu…
Clareei a garganta.
- Estou à espera de uma resposta aqui em baixo.
Lembrou-me ele. Achei-lhe piada.
Sorri e ajoelhei-me também.
Beijei-o.
Já estávamos sem fôlego, quando me afastei, interrompendo o beijo.
- E o que quer isso dizer?
Pestanejei com o objectivo de o seduzir com os meus olhos azuis.
- Quer dizer que te amo muito e que a minha resposta é sim!
Nisto, ri-se muito alto. Nunca o tinha visto tão feliz.
Abraçou-me e eu a ele.
- Posso?
Inquiriu o meu noivo. Apontava para a minha mão.
Estiquei-a e ele colocou, assim o anel de noivado no meu dedo, onde iria permanecer durante muitos anos…







[ Beyoncé – I was Here ]
E é esta a nossa história!
A história onde eu – Nathaira MacNeil – me tornei muito feliz ao lado do homem que eu própria mudei… Ao lado do homem que, igualmente, me despertou.




FIM!



6 comentários:

  1. Isto a mim soou-me a um fim muito vago!
    Necessita-se algo mais :o
    Mas é OBVIO que AMEEEEEEEEI <3

    Besos.
    Ana Patrícia

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  2. Hola, Fairytale Dreams!
    Esta fanfic foi do contra =P pequenita e final aberto =P
    Obrigada =D
    Besos!

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  3. Ohhh foi pequenina de mais e teve um final vago de mais! :(
    Acho que merecia um remake ou uma segunda temporada ;)
    Bjokinhas
    Mariaa

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    1. Olá, Maria!
      Muito obrigada p/ expressares a tua opinião e também as tuas sugestões.
      Por que não uma 2ºSeason?! XD
      Não sei, mas p/ agora, estou completamente focada em Two Become One, pois está a dar-me um gozo enorme em escrevê-la =D
      By the way, gostas da nova fanfic?
      Beijinhs

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  4. Olá!
    Gostei do final, apesar de ser óbvio, óbvio, óbvio xD
    Reparei que outros acharam o final vago; eu cá penso que está bom assim, pois se fosses contar tudo tim-tim por tim-tim, perderia a sua graça. Deste modo, fica diferente e simples :D
    Beijinhos*

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    1. Olá, Alyra!
      Como sempre, obrigada pelo teu comentário =P
      Em relação ao final, vejo que ambas temos a mesma opinião ;)
      Beijinhs!

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