sábado, 29 de dezembro de 2012

Two Become One (1ºCap - ROSA)


ROSA

Famosa pela sua beleza, forma e perfume, a rosa é a flor simbólica mais utilizada mais utilizada no Ocidente. A rosa, pela sua relação com o sangue derramado, parece muitas vezes o símbolo de um renascimento místico.
A rosa tornou-se um símbolo de amor e mais ainda do dom do amor, do amor puro. Branca ou vermelha, a rosa é uma das flores preferidas dos alquimistas, cujos tratados se intitulam muitas vezes roseiras dos filósofos. 
A rosa branca foi ligada à pedra em branco, objectivo da pequena obra, enquanto a rosa vermelha foi associada à pedra em rubro, objectivo da grande obra. A maior parte destas rosas tem sete pétalas, e cada uma dessas pétalas evoca um metal ou uma operação da obra. Uma rosa azul seria o símbolo do impossível.

17/Junho/2012

 

Cheirei uma última vez o odor da tinta azul da caneta e fechei o diário.
Levantei-me e passei os altos portões do cemitério. Caminhei rumo a casa.
Estava prestes a atravessar a estrada, dirigindo-me ao meu apartamento, quando, vindos de um nada, um grupo de homens com microfones atravessaram o meu caminho.
- LORELEI SOMERHALDER! – Chamavam eles, berrando na minha direcção.
Revirei os olhos. Não podia fugir deles, infelizmente; não tinha escapatória possível.
- O que diz sobre a relação do seu irmão e Nina Dobrev?
Virei-me para tentar identificar quem é que tinha feito a pergunta e respondi-lhe:
- Estou bastante contente! Apenas desejo que sejam muito felizes! – Exclamei, desviando-me de todas aquelas pessoas que me sufocavam. Dei mais uns quantos encontrões e finalmente, consegui entrar no prédio.
Comecei a subir as escadas. O apartamento tinha elevador, mas como aquela pergunta (agora tão comum) me tem sempre deixado passada da cabeça, decidi que gastar um pouco de energia e raiva escada acima, me iria fazer muitíssimo bem. E lá fui eu.
- Detesto!!! – Berrei eu, para mim e para as paredes brancas que me ladeavam. – Não gosto nada daquela gaja! – Referia-me à Nina, a nova namorada e colega de trabalho do meu irmão.
Eu adorava o meu irmão (aliás ambos – tenho dois irmãos), mas não sei explicar… havia algo de errado neste namoro. Não soava bem.
Eu e a Olivia já tínhamos discutido isto vezes sem conta… Estás apenas com ciúmes, Lorelei. O que é normal! Eu também sentiria ciúmes se acontecesse o mesmo comigo e com o meu irmão – dizia ela.
Não sei se eram ou não ciúmes. É que… ela irritava-me mesmo.
E ainda por cima, ele estava sempre com ela, desde que começaram o brilhante namoro. Era irrespirável estar ao pé deles. Hum… será que acontecia o mesmo quando eu estava com o Chris? Matutei bem, até abrir a porta de casa.
Nãaaaaaaaa, concluí.
Entrei em casa e dei de caras com o meu irmão na cozinha.
- Bom dia, Lorelei! Onde estiveste?
- Bom dia! – Disse ao meu irmão, enquanto me aproximava dele, beijando-o na boca. Hum, Okay… talvez seja um pouco estranho beijar o meu próprio irmão na boca. Em minha defesa, acho completamente normal, sempre nos cumprimentámos assim.
- Perguntei-te onde estiveste…
Encolhi os ombros.
- Estive no mesmo sítio do costume.
Ian olhou-me com compreensão.
- Ah, está bem.
- Bem, nem imaginas! Apanhei, outra vez, montes de paparazzis aqui à porta de casa. Parece que tu e a Nina são a super-mega novidade de Hollywood por estes dias.
- Incrível! Odeio paparazzis!
- Concordo.
Sentei-me à mesa e comecei a partir bocadinhos das torradas que ele tinha feito.
- Então, planos para hoje à noite! – Quis eu saber, animada.
- Estou a pensar em ir jantar fora com a Nina.
- Para variar um pouco. – Lancei-lhe o meu sarcasmo. Por sua vez, ele lança-me o poder sedutor dos seus olhos. Como se aquilo pegasse; eu não ia parar de fazer aquele tipo de comentários em relação à Nina. Leiam os meus lábios: NUNCA!
- Eu não te entendo, Lorelei! Eu sempre apoiei o teu namoro com o Chris. Porque é que não podes fazer o mesmo com a Nina?!
- Claro que não me entendes! Ela está a pôr-te… cego! Eu e o Chris somos iguaizinhos, por isso é normal que nos demos bem – Muito bem, aliás. – Coisa que não acontece contigo e com a Nina. Vocês são dois polos apostos.
- Não percebo por que razão dizes isso.
- Tu percebes muito pouco, Ian. Não leves muito a peito, está bem? É apenas a verdade. Vocês, homens não vêm factos óbvios à vossa frente.
- Uau! O Chris deve ter uma paciência do tamanho do Mundo, só para te aturar!
- AH AH AH, que piadinha que tu tens! – Brinquei com ele.
Ian mostrou-me a língua.
- E quanto a ti, minha menina? Quais são os teus planos para hoje?
- Hum… - Expressei um rosto pensativo e indeciso. Como se eu não soubesse já o que iria fazer… - Vou ao Me&You.
- Com o Chris?
- Não sei. Talvez ele apareça por lá.
- E o Joseph?
- Deve lá estar, seguramente. A controlar a Olivia.
Ian revirou os olhos.
- Não se pode dizer “controlar”. Se trabalhasses numa discoteca eu também iria zelar pela tua protecção.
- Mas a Olivia não precisa de protecção! Precisa de um machão!
Ambos nos rimos.

 
Da parte de tarde, estava aborrecidíssima!
Não sabia mesmo o que fazer! Quando… agarrei nas minhas vistosas perninhas e saí porta fora. Minutos depois, bati à porta.
Chris Evans abriu-a. Só com o seu simples olhar incendiou-me toda, da cabeça aos pés, do corpo à alma.
- Lorelei! – Chamou-me, claramente animado. – O que estás aqui a…
E interrompi-o com um profundo beijo. Assim que ele recuperou do meu ataque, comecei a entrar na sua vivenda.
- Estava aborrecida, sem nada para fazer. Por isso, decidi visitar um dos meus gajos preferidos à face da terra e ver se a piscina dele estava desocupada.
Ele foi-se aproximando de mim, como se estivesse prestes a caçar uma presa fácil.
- Estás linda! Como sempre.
Sorri e olhei na sua direcção. Pestanejei diversas vezes, deixando-o a derreter.
- Tu também não estás nada mal! Como sempre. No entanto… - As minhas mãos alcançaram a sua T-shirt e moldaram-se ao seu peito (diariamente) trabalhado. De seguida, num acto-reflexo, despi-lha. – Ah! Assim está melhor.
Corri em direcção à sua piscina enorme.
Humedeci os lábios e olhei para baixo. Comecei a despir-me e, quando já me encontrava totalmente nua e gloriosa, mergulhei graciosamente. Nadei de um lado para o outro com rapidez e sem descansar, até que…
- Can’t swim so I took a boat,
To an island so remote
Only Johnny Depp has ever been to it before
Stayed there till the air was clear
I was bored and out of tears,
Then I saw you washed up on the shore
I offered you my coat, thank goddess love can float
Crazy how that shipwreck met my ship was comin’ in
We talked till the sun went down
Love on the Puget Sound
My treasure map was on your skin
O meu namorado estava a cantar uma música dos Train chamada Mermaid.
Estava sentado à berma da piscina de guitarra nos braços e a olhar fixamente para mim. Aproximei-me dele e ergui o tronco, cruzando os braços sob o pavimento. Afastei o cabelo comprido para trás e comecei a rir-me.
- Beauty in the water, angel on the beach
Ocean’s daughter, I thought love was out of reach
'til I got her, had I known it could come true
I would have wished in ’92, for a mermaid just like you
Whoa, just like you, whoa

A escolha daquele tema não foi ao acaso.
Chris sabia muito bem o que meu nome queria, exactamente dizer; Lorelei era uma sereia, uma ondina que, segundo a mitologia, empoleirava-se em cima dos rochedos das margens do Reno, atraía os marinheiros contra os recifes, seduzindo-os com o seu canto. Simboliza o encantamento pernicioso dos sentidos que, suplantando a razão, leva o homem à perdição.
Se tivesse vergonha na cara, podia dizer que, em minha defesa, não sou nada assim. Oh, mas para quê mentir?! Sou assim! Gosto de seduzir, sou sedutora, sou bonita, trabalho muitas horas no ginásio para ter o corpo que tenho, trato de mim, ponto final parágrafo! Bem, tenho todos os mil cuidados comigo, porque também não tenho nada para fazer. Não trabalho, propriamente. Sim, porque não considero trabalhar, fazer umas horitas a cantar no Me&You, onde a minha Olivia trabalha. Nem isso faria, se não fosse ela.
Sou assim, um pouco louca e extravagante, mas penso que as pessoas gostam de mim por ser realmente como sou, sem rodeios ou omissões, ou até fingimentos.
Não gosto de esconder a minha verdadeira natureza… perdi a virgindade aos catorze anos com um amigo meu (perdi o contacto com ele, porque ele se mudou para Nova Iorque) e, a partir daí tornei-me sexualmente muito activa. Sem compromissos, nem nada do género, até conhecer o Chris… Foi-me apresentado pelo meu irmão Ian, quando eu tinha dezassete anos. Há já quatro anos que estamos juntos e nunca mais dormi com outra pessoa, além dele.
No início, foi complicado, pois ele é obcecado com fidelidade (basta vermos a simbologia da maioria das suas tatuagens) e era muito desconfiado em relação a mim, sabendo do meu passado. Mas juro que não sou tão galdéria como ele pensava que eu era (nem como vocês estão provavelmente a pensar). Eu apenas me apaixono com facilidade…


 



6 comentários:

  1. OH
    MAE
    DO
    CÉU!!!!!

    ISTO É PARA LÁ DO PERFEITO!?
    Tens noção de como o meu coração está acelarado? E de como os meus lábios se iam abrindo à medida que ia avançando na leitura??

    ESTÁ TIPO P E R F E I T O <3 AMOOOOOOOOO <3
    E precisa do próximo com urgências.

    Besos Lorelei <3

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    1. OHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! Muito obrigada!
      Estás cá dentro <3 Besos!

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  2. Olá é a primeira vez que vejo o teu blog e simplesmente adorei o começo desta fanfic, espero ver rapidamente o próximo capítulo.

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    1. Olá, Marta. Sê bem-vinda, então =D
      Obrigada pelo teu comentário!

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  3. Wow, que cumprimento estranho xD
    E a rapariguita parece-me um bocado egocêntrica, directa e, no entanto, divertida. Veremos no que isto vai dar :P
    Beijos*

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  4. Olá, Alyra!
    A Lorelei é uma egocêntrica assumida e s/ pudor AHAHAH sem dúvida =P
    Obrigada pelo teu comentário! Beijinhs

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