domingo, 4 de novembro de 2012

Give Yourself To Me (2)


Estava finalmente na minha última aula de sexta-feira.
Gisella (a minha melhor amiga italiana e companheira de quarto) estava ao meu lado; prestava tão pouca atenção quanto eu.
Estava com o portátil ligado e navegava na internet. De repente, vi que tinha um novo e-mail.
[ Maroon 5 – One More Night]

De: Sergio Ramos
Assunto: Andas a evitar-me?
Para: Nathaira MacNeil
Enviei-te e-mails e não me respondeste. Liguei-te e não me atendeste.
Andas a evitar-me? Se sim, porquê?
Como está a correr o teu dia? O que tens feito?
P.S. exijo a tua companhia desde a noite de hoje até Domingo.


Bufei. Ele era incrível! Tinha uma lata desgraçada!
Gisella reparou na minha reacção e pousou a sua mão no meu antebraço.
- O que se passa, Nathy?
- É o Sergio!
- O que quer ele?
- A minha… “companhia”.
- Vais dizer que sim?
- Vou dizer-lhe que não!
- Ele vai ficar chateado, Nathaira…
- Não quero saber! Estou farta que ele me veja apenas como uma vagina e pernas longas!
- Tem calma! Tenho a certeza que ele não te quer apenas por isso. És inteligente e bonita e uma óptima amiga.
- Obrigada, Gisella! Não sei o que seria sem ti.
- Oh, de nada!

Suspirei.
- Meu Deus, se soubesses quantas vezes me arrependi por ter estado naquela noite, àquela hora, naquela maldita discoteca e da Catalina conhecer o raio de homem!
- Pois… tem graça, eu nunca entendi como é que eles se conheceram…
- Agora que penso nisso, tens razão: eu também nunca soube como é que eles se conheceram…
- Mas, vais responder-lhe?
- Sim!
E comecei a escrever a resposta. Cliquei no enviar.

De: Nathaira McNeil
Assunto: Porquê eu?!
Para: Sergio Ramos
Sim, ando a evitar-te! Porquê? Porque estou farta disto!
Estou farta de me sentir apenas numa rapariga que fodes ocasionalmente.
Apaga o meu número do teu telemóvel e esquece-me, pois eu farei o mesmo.
Mas, sinceramente porquê eu?! Podes ter as raparigas que quiseres. É só estalares os dedos… porquê eu?!


Desliguei o portátil, enquanto me lembrava do que ele dissera na última vez que estivemos juntos. Antes de me adormecer, completamente esgotada, ele aproximara-se e sussurrara ao meu ouvido para que nunca o deixasse, que precisava muito de mim.
[ Taylor Swift ft. Civil Wars – Safe and Sound ]
Mais tarde, eu e Gisella regressámos a casa.
Sentei-me no sofá com um livro nas mãos. A minha companheira de quarto ausentara-se, devido a umas compras que tinha de fazer.
Subitamente, bateram à porta com violência. Quase dei um pulo.
Bateram outra e outra vez. Eu nem me atrevia a aproximar da porta. Ouvi o meu nome numa voz masculina e espanhola. Não me mexi. O meu telemóvel começou a tocar.
[ David Usher – Black Black Heart ]
Aquela música era personalizada para quando aquela pessoa ligasse.
- Eu sei que estás aí!
Berrava ele, enfurecido. Não tive outro remédio, senão abrir a porta.
- Tu és minha! Minha! Não podes fugir!
Comecei a afastar-me, mas ele agarrou com muita força os meus pulsos.
- Eu não te consigo esquecer, nem sequer parar de pensar em ti! Enfeitiçaste-me!
Dito isto, devorou a minha boca e língua. Mordi o lábio com raiva.
Ele afastou-se, acariciando o seu próprio lábio.
- Está irritada a menina?
Não lhe respondi, continuei apenas a olhá-lo com malícia.
- Eu adoro quando ficas irritada, selvagem!
Ainda com as mãos nos meus pulsos, encostou-me com violência a uma estante de livros na sala de estar. Ouvi alguns deles a caírem perto dos nossos pés.
Desapertou-me o corpete e tirou-mo, assim como às minhas calças.
A minha lingerie pareceu hipnotizá-lo. Acordando-o da sua transe, arranquei-lhe a camisa e percorri-lhe o peito, os abdominais e os braços tatuados com os dedos.
Ele afastou o meu cabelo para trás e depositou-me sucessivamente vários beijos no pescoço.
- Pára! Por favor…
- Tens a certeza que queres que pare?
- Tenho.
- Hum… prefiro ver com os meus próprios olhos.
Tirou-me as cuecas e inseriu dois dedos dentro de mim. Oh…!
- Vês? O teu corpo responde de outra maneira.
Já não era eu quem controlava os meus actos. As minhas pernas fixaram-se à volta da sua cintura e foi o bastante para ele nos conduzir até à minha cama. Removeu-me o soutien e minutos depois, vim… sonora e acalorada.
- Ainda preferes que pare?
- Hum… oh…
Era tudo o que conseguia dizer em forma de gemido.
- Responde!
- Não, não quero que pares!
- Diz o meu nome.
- Sergio.
Virou-me de barriga para baixo.
- Não te mexas.
Obedeci-lhe. Ele tinha saído do quarto, mas voltou pouco depois.
Trazia um lenço preto nas mãos. Vendou-me! Porque é que de repente tudo se tinha tornado tão mais erótico?! Apanhou-me, delicadamente o cabelo e depois puxou-o.
Massajou-me o pescoço e a clavícula. Toda a minha pele se arrepiou.
E, no instante seguinte, penetrou-me por trás. Agarrei-me aos lençóis. E começou aquela dança…
- Não devia deixar-te vir. Foste muito rude esta manhã…
Como eu conseguisse não atingir o clímax!...
- Mas, sou piedoso…
Começou a acelerar o ritmo frenético e enlouquecedor e uivei de prazer.
Explodi à sua volta, enquanto ele também.
Deixou-se cair sobre mim e eu adorei a sensação do seu corpo pesado e suado em cima do meu.
Passado algum tempo, ele rolou para o lado direito da cama, destapou-me os olhos, dizendo:
- Hum… como eu amo esses grandes olhos azuis.
O verbo utilizado por ele atingiu-me como uma rajada de vento frio na cara, cortando-me a respiração.
- Temos de falar…
- Concordo. Porque é que escreveste aquilo?
- Porque… eu não quero isto…
- Então, o que é que queres?!
- Não sei… eu… quero um homem que goste de mim por aquilo que sou. Que goste dos meus defeitos e qualidades, que goste de passar tempo comigo…
- Mas, eu gosto de passar tempo contigo.
- Na cama! É isso que estou a dizer! Eu não quero uma relação que se baseie só em sexo! Quero mais do que isso. Eu quero ser amada, Sergio e tu não consegues fazer isso.
[ Sia – Lullaby ]
- Não digas isso. Eu…
- É verdade! Eu conheço a tua reputação! E eu não quero ser apenas mais uma na tua imensa lista.
- Não és mais uma na lista.
- Não?! Então, prova-me o contrário. Tenta conhecer-me.
Ele levou a mão ao cabelo.
- É que… eu nunca fiz isto, percebes?
- Isto o quê?!
- Estar no tipo de relação que tu queres.
- Oh. Então, não me podes dar aquilo que quero?
- Vou tentar. Estou a tentar.
Ri-me sem graça.
- Amanhã, vou ter um jogo. Vem ver-me.
De repente, a minha cabeça começou a girar.
- Tu. Queres. Que. Eu. Vá. Ver. Um. Jogo. Teu?
- Por que não?
Ergui as sobrancelhas e respirei com dificuldade, completamente apanhada de surpresa.
- Queres ir?
Acenei com a cabeça, sentindo os olhos um pouco húmidos.
- Muito bem. Depois, podemos sair…
Voltei a acenar com a cabeça e ele sorriu.
- Posso dormir aqui um bocadinho… contigo…?
- Claro, claro que sim.
Estava tão feliz! Nem queria acreditar.
Ele devia estar cansado, pois adormeceu logo. Já eu, aconcheguei-me a ele e olhei-o.
- Estou a apaixonar-me por ti, Sergio…


 
 
 


7 comentários:

  1. Olá =D
    Muito obrigada pelos vossos comentários *.*
    Espero que vos tenha deixado com água na boca por mais capítulos ;)
    P.S. já estou a tratar do 3º cap., porém ainda não sei quando terei disponibilidade de postar, mas vou fazer de tudo para que ainda consiga esta semana =P
    Beijinhs e mais uma vez, obrigada =D

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  2. Olá!
    Já algum tempo que sigo este teu blogue. E as historias que escreves são fantasticas, tal como a tua escrita. Mal posso esperar pelo proximo capitulo.
    bjs Tânia

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  3. Isto não é nada o meu tipo. Possui rios de diálogo e a vírgula constante depois do "mas" é simplesmente enervante.
    Pode ser que tudo mude e até comece a gostar. Vou dar-lhe uma oportunidade e continuar a ler.
    Beijos e boa escrita!

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  4. Alyra Richards, obrigada pela honestidade e pelos teus comentários construtivos ;) Beijinhs!

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  5. Olá, Tânia!
    É óptimo saber que és uma seguidora das minhas histórias =P
    Obrigada e beijinhs =)

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