sábado, 3 de novembro de 2012

Give Yourself To Me (1)


Estava na casa dele e tentava estudar para uma frequência importante que iria ter na próxima semana. Porém, ele fazia de tudo para me distrair.
Saiu do banho com a cintura enrolada a uma minúscula toalha branca. Ainda tinha a pele molhada, assim como o seu cabelo, o que lhe conferia um ar ainda mais sexy do que o já tão habitual. Nos seus braços completamente tatuados destacavam-se aqueles músculos fortes e definidos que tinham o poder de me deixar definitivamente sem ar.
Pisquei os olhos e tentei abstrair-me da imagem gloriosa de um Deus potente à minha frente. No entanto, os meus olhos, em vez de se fixarem no livro e no caderno de apontamentos que tinha no colo, decidiram seguir o rasto daquelas pernas trabalhadas e daquele rabinho já não mais escondido pela toalha, pois ele tinha-a deixado cair de propósito pelo caminho até à cozinha. Ri-me baixinho e revirei os olhos, mas no momento seguinte, mordi a bochecha e fiz um ar sério. Sem fazer barulho, levantei-me do sofá confortável e luxuoso e dirigi-me à cozinha.
Ele estava junto à bancada de costas voltadas para mim. Tinha um copo na mão.
Decidi entrar no jogo e liguei o rádio.
[ Shakira – Loba ]
Vi como o seu semblante ficara rígido.
Caminhei até à fruteira em cima da mesa e tirei uma laranja. Cortei-a ao meio. Tomei uma metade na minha mão. Espremi-a sob as suas costas tentadoras. A sua garganta rosnou – um som que me inflamava dos pés à cabeça. A minha língua começou a trabalhar, sugando o sumo nas suas costas. Hum…
Tornei a espremer, até vê-lo com as mãos agarradas ferreamente à bancada.
Estava quase, pensei. Faltava pouco para ele ser meu, outra vez.
As minhas mãos subiram e massajaram os seus ombros. Coloquei-me em bicos de pés. Lambi-lhe o lóbulo da orelha esquerda e, se seguida mordi-a. Foi o suficiente.
Virou-se tão de repente e tão cheio de paixão e desejo que mal me apercebi da dor que senti quando as minhas costas bateram contra as coisas em cima da mesa.
Como ele viu que me maguei um pouco, afastou os pratos, fruteira e afins que lá estavam em cima. O som dos vidros a baterem no chão apenas me enlouqueceu ainda mais. Ataquei-lhe a boca, enquanto a dele queria levar a melhor da minha. Era sempre uma luta muito renhida. O meu corpo delgado e definido já não estava tapado pelo robe de cetim. Os lábios dele estavam em todo o lado. Oh céus! Sê misericordioso! Não prolongues a minha dor! Oh, eu já estava tão… pronta! E, entrou em mim.
As minhas ancas e pernas enrolavam-se à volta da sua cintura, permitindo maior profundidade e proximidade. Gemia o seu nome e ele o meu. E lá estava eu a pedir que ele aumentasse o ritmo e a sentir algo a construir-se dentro de mim. Até que, com um berro, explodi em mil pedaços e ele seguiu-me. Caímos ainda unidos no chão da cozinha. Tentávamos recuperar o fôlego. Ele beijou-me o cabelo, o nariz e as pálpebras, antes da sua cabeça repousar na minha barriga.
Mais tarde, fui tomar banho. Quando acabei, desembaciei o vidro da casa de banho.
Apercebi-me que já não me encontrava sozinha; ele estava atrás de mim.
Vergava apenas umas calças de ganga. Do bolso das mesmas, tirou o telemóvel e, segundos depois, começou a tocar uma música que eu adorava.
[ Enigma – Principles of Lust ]
Fechei os olhos e deixei-me envolver pela música erótica.
De seguida, o seu corpo cola-se ao meu. As suas mãos enormes e cheias de fios verdes e azuis que correspondiam às suas veias salientes começaram a fazer a sua experiente magia no meu corpo. Massajava-me a barriga com tamanha ternura e delicadeza que os meus olhos se reviraram. Sentia o sangue a correr-me em brasa e veloz no corpo.
As suas mãos subiram e afastaram o meu cabelo molhado, liso, castanho e comprido que me tapava os seios. Senti-me demasiado exposta e vulnerável, porém eu sabia que ele gostava de mim assim no meu estado mais natural (por assim dizer).
O meu pescoço ficou rígido, quando os seus dedos começaram a sua tortura agonizante nos meus mamilos. Não, não me faças vir outra vez, tento suplicar, mas não encontro a minha voz. E, estilhaço-me, novamente.
Mas, não deve ser o suficiente para ele, pois ele não para a sua tortura. Trinca, chupa, lambe o meu pescoço sem parar. Eu já não pensava. Será que ainda sabia pensar?
No entanto, como uma resposta, algo acordou em mim. Um bicho selvagem louco e enraivecido. Não era justo! Ele não jogava justamente!
Dei-lhe uma chapada forte na cara. Este esbugalhou os olhos, completamente surpreso.
Saí da casa-de-banho nua, a correr pelas escadas acima. Infelizmente, as minhas pernas não conseguiam competir com as dele. Por que razão seria?!
A sua mão direita alcançou o meu tornozelo e eu deixei-me cair, desequilibrada.
No instante seguinte, apanhou as minhas mãos e juntou-as no cimo da minha cabeça.
[ Enrique Iglesias – Tonight ]
A sua mão livre massajou a minha nádega. Oh, não! Não-Não-Não-Não!
Eu sabia o que iria acontecer a seguir! Fechei os olhos, tentando preparar-me.
E ele bateu-me. Soltei um gritinho. Eu odiava-o tanto, quando ele me fazia aquilo!
Não porque me magoava fisicamente, mas sim porque aquele acto apenas despertava uma e outra vez o animal faminto por ele que crescia dentro de mim a cada dia que passava. Quando aquela zona já ardia, ele parou. Pegou-me ao colo, como se fosse uma criancinha desprotegida e levou-nos para o nosso quarto.
Deitou-me na sua enorme cama. As minhas pernas enrolaram-se à sua volta.
[ Delilah – Inside My Love ]
Com uma expressão desafiadora e sem desviar o meu olhar do seu, a minha mão tacteava dentro da gaveta mais próxima. Até que encontrei o que queria. Num acto reflexo, algemei-o. Os seus lábios quase tão carnudos quanto os meus separaram-se e eu sorri-lhe com malícia.
Desapertei-lhe as calças e, momentos e seguir, apoderei-me dele. Era eu quem mandava agora. Queria-o tanto! Mas, nunca conseguíamos tirar o máximo que nos bastasse um do outro. Por fim, o meu clímax juntou-se ao dele e caí sobre o meu homem.
A meio da noite, acordei com um pesadelo.
Afastei o cabelo dos olhos e acendi o candeeiro.
[ Agnes Obel – Riverside ]
Ele já não estava lá…
Nunca dormia comigo. Só me queria para…
Suspirei, mordendo o lábio ao tentar evitar a queda de lágrimas dos meus olhos. Mas, quando encontrei as chaves de um carro junto à almofada do outro lado da cama, não consegui evitar. Atirei-as contra a parede numa mistura de tristeza e fúria.
Era como se me pagasse.
Odiava-o tanto, quanto o amava. A única diferença, é que ele não me amava…
No dia seguinte, saí daquela casa cedo, pois tinha de ir para a Universidade.
 

Nathaira MacNeil
 
 
Sergio Ramos
 
 

2 comentários:

  1. Olá!
    Bem, primeiro de tudo: tem atenção à escrita. Repetes múltiplas vezes a palavra "mas" - tem cuidado, as repetições nunca são muito boas...
    Quando ao conteúdo, não me parece algo do meu género, algo que goste realmente, no entanto, irei ler mais para ver se me agrada ou não.
    Beijinhos, Alyra Richards*

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  2. Olá, Alyra.
    Obrigada pelo aviso quanto ao uso do "mas".
    No que diz respeito ao conteúdo, esta é uma fanfic diferente das que já escrevi (Mariza's Lifetime, Soulmates Never Die, Following Your Heart, Almas Destinas, Me My fiancé and My Crazy Love). Arrisquei em fazer algo diferente, porque gosto de experimentar coisas novas. E como sou fã de Fifty Shades Of Grey, decidi escrever a minha própria fanfic baseada nele.
    Nunca tinha escrito algo que oferecesse o sexo como refeição principal, mas como ando numa de Romances Eróticos... ahahah decidi aventurar-me =P Outra coisa que me fascinou na Psicologia (12º),no Fifty Shades of Grey e no Bared to You é a atracção física, p/ isso também vou tentar explorar essa temática.
    Beijinhs =)

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