domingo, 3 de julho de 2011

SOULMATES NEVER DIE - 11º CAPÍTULO

- Oh, André, quando é que acordas? Estou cheia de saudades tuas. Tenho saudades das nossas conversas. Tenho saudades dos teus conselhos. Do teu olhar, quando faço porcaria. Do teu olhar quando falo demais, porque sabes que eu sou uma desbocada, digo o que tenho a dizer.
Aproximei mais a cadeira onde estava sentada à cama onde André dormia profundamente.
- A sério, Néné. Abre lá esses olhinhos lindos para eu te contar as novidades.
Suspirei e fiz-lhe festinhas nas bochechas pálidas.
- Sabes... aconteceu-me uma coisa forte... fui... fui quase violada. CALMA! Não te preocupes eu consegui escapar. Só que não estava assim muito bem e fui parar à estrada e surpresa das surpresas? Foi o Javi que me encontrou. Acordei na casa dele e ele chamou um médido.
Pois, não gostei muito, porque eles descobriram o que me tinha acontecido.
Yah, eu sei, foi uma enorme sorte ter encontrado o Javi... Ah e em relação ao Javi... eu não sei... acho que estou a sentir algo por ele...algo que não é amizade...
O quê?! Achas que é amor? Hum, não sei, será? Sei que ele (não sei bem como) me faz corar e faz-me sentir bem por dentro, fico em Paz, mas também fico nervosa. Eu nunca me senti nervosa em relação a um rapaz... nunca mesmo! Ai, Néné, achas mesmo que me estou a apaixonar? Ele é tão bom para mim, sinto-me tão feliz quando estou perto dele e quando não estou, sinto-me vazia, como se ele tivesse levado um bocado de mim, quando se foi embora.
De repente, ouvi uns passos pertíssimo de mim. Virei-me para trás e levantei-me apressadamente.
- Javi? Há quanto tempo estavas aí?
- El tiempo suficiente. – afirmou ele com duas sandes mistas e duas latas de sumo de laranja nas mãos.
- O que queres dizer com isso? – perguntei um pouco nervosa ao ouvir a sua voz mais aveludada e sedutora.
- Quiero decir lo he oído todo.
- Mas tudo o quê? Eu não estava a dizer nada...
- No más mentiras! Escuché lo que dijo sobre mí.
Eu ía começar a contra-argumentar, se não estivesse tão nervosa, tão sem saber o que dizer, tão tosta e a gaguejar daquela maneira.
- Não, mas eu não... qu-quero dizer, eu não... não era bem esse o significado... ou melhor não era isso que eu quis dizer... era mais... hum, não... era do género...
- Cállate! – exclamou ele, aproximou-se de mim, agarrou na parte detrás do meu pescoço e esmagou os seus lábios contra os meus. Fiquei louca com o pequeno encostar de lábios. As minhas mãos subiram-lhe até à crista do cabelo, fixa com gel.
Beijámo-nos intensamente, mas queríamos mais. Sem querer (acho eu), Javi deixou cair as sandes e as latas de sumo no chão. O que fez um barulho desgraçado.
Mas não me importei minimamente. Continuei-lhe a desgrenhar o cabelo e ele a puxar-me mais para ele com a mão na minha cintura.
Subitamente, ouvi um murmurio.
- ... Mariza....Apenas e só apenas aquela voz me faria parar o que estava a fazer.
Apenas e só apenas aquela voz me faria olhar para a esquerda e dar de caras com quem o meu coração sentia tremendas saudades.
Apenas e só apenas aquela voz me faria chorar baba e ranho, como estava a acontecer naquele preciso momento.
- ANDRÉ, ANDRÉ, ACORDAS-TE!
- Pois foi. Fiquei tão entusiasmado com as novidades que não pude não acordar.
- OH MEU DEUS! Tu ouviste tudo?
- Claro.
- Oh, André! Amo-te tanto, rapaz! – comecei a enchê-lo de beijos: nos olhos, nas bochechas, no nariz, na testa...
- André, bueno tenerte de vuelta! – exclamou Javi a meu lado.
André olhou-o com desdém. Fiz cara de “ele não merece isso”. André encolheu os ombros.
- Não podia ter acordado em melhor altura. Foi muito carinhoso da tua parte, Javi, teres dado sumo de laranja aos bichos rastejantes daqui, mas sabes que mais? Acho que aqui não há nenhuns.
- Hey, hey. Vamos lá acalmar. André precisas de descansar, não estás a dizer coisa com coisa. Eu vou chamar uma enfermeira.
- No, lo haré. – disse Javi, quando saiu do quarto.
Os meus olhos seguiram todos os seus movimentos e quando abandonou o quarto, olhei para André.
- Foste mauzinho! Ele não merecia nada disto. Ele tem-te apoiado bastante.
- Sim-sim, acho que isso é mais devido a ti.
Sorri-lhe.
- Bom, quando é que poderei sair daqui?
- Estás a brincar? Agora tens de te recuperar. Ainda tens de ficar cá, para o teu bem.
A enfermeira entrou.
- Desculpe, menina, mas vai ter de sair. Precisamos de fazer exames ao Sr. Santos.
- Ah, sim claro. -  peguei na minha mala. – Não faças disparates e obedece. – dei-lhe um beijinho na testa e fui-me embora.
Encontrei Javi na sala de espera.
- Temos de falar.
- Bueno.
- Javi... tu tens uma namorada, no entanto, beijaste-me. Porquê?
- En primer lugar, estoy solo. Mi ex-novia ha cambiado mucho y no me gustó el cambio. En segundo lugar, me enamoré por ti. Y tú también, verdad?
- Sim...
- Así que tenemos que permanecer juntos.
Olhei-o profundamente. Ele parecia mesmo sincero; acreditei nele e assim também acreditei que o nosso amor era possível.
- Eu acredito em nós. – disse-lhe ao chegar-me mais a ele.
- Y yo también.
Beijámo-nos, selando o nosso amor.
(Passadas duas horas)
- Mariza?! Tu foste mesmo violada?! – berrou André.
- Calma! Não. Eu consegui fugir dele.
- Cabrão, pá! Apetece-me ir lá à tua escola e espatifá-lo!
- Credo, André. Não conhecia essa tua faceta de gajo furioso e malévolo. – ri-me.
- Fico assim quando se metem com a minha melhor amiga.
Oh, que fofo (pensei). Fiz-lhe olhinhos ternos.
- Mas esse Ricardo não foi o único a meter-se contigo...
A princípio não entendi, mas quando vi a sua expressão amarga, compreendi.
- Ah, pois não.
- Aquele espanhol roubou-te mesmo o coração! Olha-me esse sorriso, essas bochechas coradas, esses olhos brilhantes!... Imagino esse coração... deve bater a 180, não?
Ri-me: - Quase. Hey, não lhe chames “Espanhol”.
André esbugalhou os olhos e descaiu o queixo.
- Não lhe chamo espanhol?! Tu sempre o trataste por Espanhol!
- Sim, mas as coisas mudaram, Néne.
- O que podia mudar era esse cheiro a tabaco!
Mordi o lábio.
- Desculpa. Estava nervosa e...
- Pois, mas isso não é desculpa!
Sem saber como e/ou porquê, disse-lhe:
- Tens razão.
Fiquei um pouco a pensar, fitando os lençois brancos. Quando voltei a olhar para André, ele já tinha adormecido. Depositei-lhe um beijinho na testa e saí do quarto.
Fui à sala de espera; Javi levantou-se e dei-lhe a mão.
Quando estávamos cá fora, antes de entrar no BMW preto, procurei um caxote do lixo e quando o encontrei, agarrei no maço de cigarros que estava dentro da minha mala e deitei-o fora. Javi olhou para mim, claramente orgulhoso.
Apertámos mais as nossas mãos.
(Um mês depois)
Estava na sala, sentada no sofá, super aborrecida, quando toca o meu telemóvel ao som de Coulda Be Loved de Bob Marley. Olhei para o ecrã e sorri.
- Hola! – exclamei.
- Hola, qué haces?
- Nada de nada. Uma tristeza de tarde. A minha tia está a trabalhar e a minha prima está na escola.
- Quieres dar un paseo a Sintra?
- Sintra?! Já tanto tempo que não vou lá.
- Perfecto. Date prisa. Llevar calzado cómodo. Estoy aquí en 15 minutos.
Levantei-me, atrapalhada.
- Tão rápido! Já saíste de casa?
- Ya.
- Então, como sabias que aceitava o teu convite?
- Yo te conozco. No se resiste a las invitationes.
- Convencido!
- Apasionado!
Após esta exclamação,fiquei mesmo sem saber o que contra-arugumentar. Ele era assim. Fazia-me esquecer qualquer boa resposta que tinha para dizer.
- Está usted con la boca abierta?
Fechei a boca.
- Obviamente que...
- Sí?
- Não!
Javi riu-se.
- Usted sabe que es verdad.
- És louco!
- Sí, por ti.
- Vá, Javi. Tenho de me despachar!
- Diez minutos.
- Ai, que mauzinho!
- Pensándolo bien, es de cinco minutos.
- Cinco? Podiam ser seis.
- Por qué seis?
- Porque 6 é um número bonito.
- Interesante... cuatro.
- Ai, estás a deixar-me ansiosa!
- Ansiosa? Por qué?
- Porque...ora...
- Sí...?
- Pronto, caramba! Estou ansiosa por te beijar.
- Uff, buena.
- Então, porquê?
- Porque tenía miedo de estar solo en tener esta ansiedad.
PUMBA! Outra que me deixou sem palavras.
- Agora a sério, Javi. Vais ter de esperar um bocadinho. Não estou vestida.
- No me importa que venga en ropa interior.
Foi a terceira que me matou.
- JAVI?!
Ele riu-se alto.
- Estoy bromeando. Por desgracia, tuve tráfico. Usted debe tener viente minutos para que usted prisa.
- Oh, que pena. Bom, vou então despechar-me. Amo-te muito.
- Te amo mucho mas.
Desliguei o telemóvel com um largo sorriso.
Vesti-me desportivamente. Optei por uns ténis confortáveis, uma camisola de gola alta preta para combater o frio de Janeiro e uns jeans escuros.
Tocaram à campainha. Devia ser o Javi. Abri a porta com um belo sorriso estampado nos lábios carnudos. À minha frente apareceu um sujeito alto e magro, com o cabelo castanho escuros e olhos num incrível e familiar tom verde musgo.
- Sílvia Ventura? – interpelou o homem.
Fiquei chocadíssima!
- Como sabe o nome da minha mãe?
(...)
- Oh, és a Mariza?
- Desculpe, mas com que fundamento é que você – um desconhecido – bate a esta porta, diz o meu nome e o da minha mãe?!
- Eu... o meu nome é Gabriel. Gabriel Ventura.
- O quê?!
- Eu sou teu tio, Mariza. Sou irmãos da tua falecida mãe.
- Impossível! A minha mãe não tinha nenhum irmão. Eram apenas ela e a minha tia Sara.
- Fui sempre afastado da família, mesmo não tendo a mínima culpa.
- O que está apara aí a falar?!
- Posso entrar?
- Não!
- A tua tia está em casa?
Hesitei ao responder.
- N...não.
- E a Dalila?
Como sabia ele o nome da minha prima?!
- Não...
- Estás sozinha?
- Sim, mas por pouco tempo. Tenho um compromisso.
- Não faz mal. Eu não te tomo muito tempo. Posso?
- NÃO! EU NÃO O CONHEÇO DE LADO NENHUM! – e fechei a porta com toda a minha força. Encostei a cabeça à porta com os olhos fechados. Gabriel Ventura? Meu tio? Impossível!... mas como sabia ele o meu nome, o da minha mãe, o da minha tia e o da minha prima? E porque tinha ele os olhos da mesma cor que os meus?
Abri a porta de repente. Ele ainda lá estava, encostado ao corrimão com a cara tapada pelas mãos.
- É mesmo um Ventura?
Ele virou-se para mim e sorriu.
- Não se vê logo? – apontando para os seus olhos. Mordi o lábio e deixei-o entrar. (...)
- O QUÊ?! Oh, meu Deus! A vossa história parece um romance trágico.
- A tua avô nunca aceitou o amor da tua tia por mim.
- E o tio não sabia de nada?
- Não, só comecei a suspeitar, quando a Sara me começou a fazer a vida negra... a mim e à minha esposa.
- Que horror!
- Mas depois, a tua avô metia as culpas em cima de mim. Ela pensava que eu andava a trair a Luísa (a minha esposa) coma minha o própria irmã. O que era, obviamente mentira.
- Como foi a tia Sara capaz?! É por isso que a Tia Madalena (a irmã do meu pai) nunca gostou da Tia Sara. Sempre me disse que a Dalila era uma má influência para mim e sempre odiou a Sara.
- Ah, a Madalena... aos anos que não a vejo.
- Conhecem-se?
- Claro, até éramos bons amigos.
- Báh, cada vez está mais chata!
- Quantos anos já tem ela?
- Fez 69 há dois meses.
- Hum.
- Mas, Tio, porque razão sóa agora me veio contar tudo isto?
- Não sei bem. Acho que só agora tive coragem para enfrentar o passado.
- Eu vivi em mentira todos estes anos...
- Desculpa, querida.
- A culpa não é sua... a culpa foi de quem estava presente e não me disse nada.
- Bom, já te roubei muito tempo. Estavas à espera de alguém, não é verdade?
- Sim, do meu namorado.
- Quero conhecê-lo.
- Espero que oportunidades não faltem.
- Toma o meu cartão para o caso de queres passar uns dias connosco. A Inês está ansiosa por te conhecer.
- A Inês?
- A minha filha. È um ano mais nova do que tu.
- Tenho uma nova prima?
- Sim. – sorrindo.
- Oh, que bom. Quero conhecê-la. Onde moram?
- Em Vila Moura.
- No Algarve? – perguntei, curiosa.
- Sim.
- Hum, está bem. Em breve ligo. (...)
Dirigi-me ao quarto de hóspedes. Abri o armário e atirei toda a minha roupa para cima da cama. Tocaram à campainha. Abri a porta sem fitar quem era. Voltei ao quarto, não me dando ao trabalho de limpar as grosas lágrimas que escorriam pela minha face.
- Qué pasa, amor? – interrogou Javi atrás de mim. Comecei a dobrar a roupa e a metê-la nas malas. – Por qué estás de embalaje? Mariza? Mariza?! – chamou ele, agarrando no meu pulso, virando-me para a sua frente. Mirei o colarinho da sua camisa, evitando o seu olhar. – Mariza, por favor. Dime qué pasa!
Funguei.
- Posso ir para tua casa?
- Claro. Claro que sí, carinõ, pero por qué?
- Explico-te quando chegarmos, pode ser?
- Muy bién. Quieres ayuda?
- Sim, obrigada.
Javi levou as malas para o carro e abriu-me a porta para que entrásse. Sentei-me muito encolhida contra a porta e vidro do meu lado. Ligou o carro e partimos para Oeiras.
Chorei durante todo o caminho, enquanto a mão direita do meu namorado repousava na minha perna, dando-me forças. Chegámos à vivenda. Transportámos as malas junto à entrada e Javi abriu a porta. Disse-me para ir para a sala e aguardásse por ele. Assim o fiz. Sentei-me de pernas cruzadas no sofá, com o cabelo á frente dos olhos. Javi voltou com uma caneca na mão. Entregou-ma e graças ao cheiro, identifiquei de imediato, ser Chá Princípe. Agradeci e dei uns fortes goles.
- Ahora, dime.
Suspirei.
- Nem fazes ideia do que aconteceu enquanto estive à tua espera.
- Qué pasó? Qué pasó?
-Bateram à porta, até pensei que fosses tu. Abri e o homem pergunta se sou a Sílvia Ventura.
- Tu madre!
- Exacto. Perguntei-lhe como sabia o nome da minha mãe e ele faz outra pergunta: És a Mariza? Bem, eu passei-me! Depois ele disse que se chamava Gabriel Ventura. Afirmou ser meu tio. Queria entrar para falarmos, mas eu dei-lhe smepre para trás. Só que comecei a juntar as pecinhas do puzzle e a última peça eu não podia negar: ele tinha a mesma cor dos meus olhos.
- Son hermosos.
- Bem, conversámos imenso e fiquei chocada com tudo o que ouvi...
- Sí?
- Ele é mesmo meu tio, mas foi como que banido da família.
- Qué?
- Sim.
- Por qué?
- Porque a minha Tia Sara estava apaixonada por ele.
- Hermanos?
- Pois, mas o meu tio nunca a quis, aliás ele namorava com a sua actual esposa, a Luísa. Só que por vinganças e ciúmes, a minha Tia contava mentiras à minha avó. Até disse que o meu tio a tentou beijar à força e outras... coisas... – a palavra “violação” ainda me era sensível, mas eu sabia que Javi tinha compreendido.
- Qué horror!
- Pois, eu sei. E pronto, a minha avó acreditou em tudo e excluiu o meu tio. Portanto a minha tia mentiu-me! Vivi na sombra da mentira. Javi deu-me a mão e fez-me festinhas nos dedos.
- No’ll llamar a su tía?
- Não, pelo menos por enquanto...
- Pero debes.
- Eu hei-de ligar, mas não hoje.
O meu telemóvel  vibrou no bolso das calças, Era a Dalila. “Olá. Cheguei da escola e não estavas cá. Saíste com o Javi?” Li o sms em voz alta. Passados uns segundos, li outra: “Piminha, estás a preocupar-me! Porque é que ñ tens roupa no teu armário? Responde!!!” Olhei para Javi e ele fez o seu melhor olhar de “devias ligar-lhe”.
- Not today... not today.
Continuei a beber o chá, aninhada no colo do meu namorado. Ficámos um bom bocado em silêncio. Ele brincava com o meu cabelo e eu com as chapinhas do seu colar. Subitamente, o estômago de Javi queixou-se com fome. Enroguei a testa e tirei o telemóvel do bolso; Marcava 20 horas.
- Oh, coitadinho do meu amor. – levantei-me e fui à cozinha.
- Qué haces?
- Estás cheio de fome. Vou preparar o jantar. – Javi foi atrás de mim e rodeou a minha cintura.
- No, no. Te voy a sentar en el sofá para descansar.
- Mas tu estás mais cansado do que eu.. aliás, eu não estou nada cansada, estou cheia de energia e pronta a fazer um bacalhau à brás que eu sei que tu A-D-O-R-A-S!
Javi riu-se.
- Yo estaba pensando en hacer una cena con amigos mañana por la noche. Invitado Roberto y Marta, Saviola y Romanella e Salvio y Magali.
- Oh, a sério?
- Sí... qué pása? No te gusta la idea?
- Não é bem isso...
- Entonces?
-. É só que... não sei se sou boa nesses “convivios”. Tenho medo de fazer figuras, percebes?
- Qué?
- Sim, Javi. Tenho medo que não gostem de mim. Ainda por cima, sou portuguesa, ou seja, não seifalar Espanhol.
- Sí, pero tu entendes nuestro idioma.
- E achas que eles me entendem a mim?
- Sí, claro. No hay ninguna rázon para tener miedo. Pero algo me dice que eso no es todo.
Olhei para ele; já me conhecia bem.
- Óh, pá! Pronto! Elas são todas lindas! E eu não sou nada de especial. Se calhar... se calhar não sou boa o suficiente para ti.
- Pero que tonta! Eres hermosa! Has oído? Lo mejor que me pasó a mí fui a encontrar, porque desde esa tarde  en el Parque de las Naciones que no puedo dejar de pensar em ti. Por lo tanto, manãna vamos a preparar la cena juntos.
Olhei para ele, prestes a derreter com aquelas palavras.
- Fazes-me um favor?
- Todo lo  que quieres.
- Passas-me o avental, por favor?
Javi fez cara de menino traquina, mas foi buscar o avental. Ajudou a pôr-mo; foi para trás de mim e apertou-o. Respirei com dificuldade. Ainda atrás de mim, encostou o seu queixo na minha clavícula esquerda e murmurou ao meu ouvido:
- Algo más?
- Sim, se não for muito incómodo.
- Dime.
- Beijas-me? – interroguei, virando ligeiramente o pescoço. Ele sorriu e encostei os seus lábios nos meus. Assim que regressámos à Terra, começámos a preparar o jantar.
Javi gosotu muito da comida; tal como eu suspeitara, ele estava faminto. Terminada a refeição, transportei a loiça suja para o lavaloiças. De repente, comecei a pensar que tinha de começar a procurar uma casa para viver.
- En qué estás pensando?
- Hum, em nada de especial. Amanhã, assim que sair do trabalho vou procurar uma casa.
- Una casa? Por qué?
- Então, tenho de viver nalgum lado. Saí da casa da minha Tia Madalena, saí da casa da minha Sara... para debaixo da ponte não vou.
- Usted me ofende.
- Perdão?
- No te das cuenta, verdad?
- Hum... não.
- Mariza, tu ahora estás aquí.
- Pois estou, Javi. Eu pedi para ficar uma noite em tua casa. Não uma semana.
- Todavía no lo entiendes. Usted no va a salir de aquí. Te quiero aquí a mi lado. Yo quiero que seas la primera persona que veo en la mañana. Quiero que seas mi compañía.
Siempre!
Engoli em seco.
- Só tu para iluminares assim a minha vida.
Entrelacei os meus braços no pescoço dele e beijei-o, calorosamente. Javi pegou-me ao colo e sentou-me na bancada. Tirei-lhe a camisa e percorri os seus músculos do peito, abdómen e costas com as mãos. Já estava em soutiã, quando Javi me levou para o seu quarto.

3 comentários:

  1. AMEI
    AMEI
    AMEI
    AMEI
    AMEI
    AMEI
    AMEI
    TA LINDOOOOOOOO

    CONTINUA...

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  2. fantastico...

    quero mais...

    continua...

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  3. adoro , adoro , adoro!
    só tu para escreveres assim ^^
    agora vou ler a outra fic xD
    Beijo.

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