quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Two Become One (13º - Miósotis)



- Ah-hã! E compreendeste isso por… me conheceres? – Quis ele saber, interrompendo o meu momento de euforia e felicidade interior.
- Sim! – Quase soltando um berro.
Sergio desviou o seu olhar do meu.
- E nós?! Queres que desapareça da tua vida, agora que sabes que namoras com um Príncipe Encantado?!
- Que conversa é essa? – Perguntei com as sobrancelhas carregadas. – Pensava que… pudéssemos ser amigos.
- Amigos?
Acenei com a cabeça.
Ele parecia ser um tipo cinco estrelas e eu queria mesmo ser sua amiga!
- É isso que queres?
- Apenas se tu também quiseres.
Ele passou a mão pela barba, pensativo.
- Amigos com benefícios?
Exclamei o seu nome e ri-me. O seu riso acompanhou, por fim, o meu.
Almoçámos com humor ao rubro.
Sergio falou-me mais dos seus dias, do seu trabalho, da sua família e eu fiz o mesmo. Eram quase três horas da tarde e decidimos dar um passeio.
Sergio levou-me a um belo jardim com um lago com patinhos e cisnes.
Coloquei a tocar no meu telemóvel Dancing In The Dark de Bruce Springsteen.
Saltei para cima das suas costas e ele transportou-me de um lado para o outro, rindo-nos como uns loucos (ou como criancinhas eheh). Acabámos por rebolar na relva e acalmar as nossas respirações animadas. Entrelaçámos os dedos das nossas mãos e deixámo-nos ali ficar e ver o Sol subir no céu tão azulado.
(…)
- Hum, talvez devêssemos voltar para casa.
- Oh, já?
- Já?! São quase sete horas!
- São?! – Ele ergueu o tronco da relva. Estava um pouco despenteado e eu dei um jeito naquela polpa giraça e ele retirou umas folhas minúsculas que se encontravam presas aos meus cabelos. Ele levantou-se e deu-me a mão, cavalheiresco. Tinha de admitir que adorava a sensação de calor que o contacto da minha pele com a sua transmitia. Será que ele também tinha sensibilidade suficiente para sentir as faíscas nas veias?
Estávamos de regresso ao carro de Sergio quando uma cabeleira loira ombreada por um sujeito meio escuro me chamaram à atenção.
Fechei de novo a porta do carro e corri até Olivia que pareceu perplexa ao ver-me.
- Wow! Largo-te por umas longas horas e acontece isto! – Gracejei apontando para Olivia e Garay. Vi a minha amiga corar como um tomate.
Ouvi os passos de Sergio aproximarem-se.
Nisto, Olivia abre a boca os olhos.
- Isso digo eu! Vocês estão… - Começou ela por dizer.
- Juntos? – Completou o rapaz que colocou o braço por cima dos meus ombros.
- Pois, parece que estamos juntos, não é? Não da maneira que pensas, óbvio. Somos apenas…
- Amigos. – Voltou Sergio a completar.
- Hum-Hum, estou a ver. – Comentou Olivia.
- E eu? O que estou eu a ver? – Batendo as pestanas.
- Estás a olhar para dois amigos a passear. – Respondeu ela de nariz arrebitado.
- Não sei porquê, mas não me convencem… - Ripostou Sergio.
Eu fiz um sorriso triunfante e afirmei:
- Tiraste as palavras da minha boca.
Gosh! Adoro-o!
- Ora, pensem o que quiserem.
Revirei os olhos.
Depois tive a ideia de irmos jantar fora. Eu, Olivia, Sergio, Pilar, Matt, Garay e os gémeos.
Liguei de imediato ao meu irmão e ele aos Calléjon.
Sergio ligou à namorada, mas ao que parecia ela estava indisponível.
Voltámos os quatro para casa. Eu e Olivia mudámos de roupa.
Eu, Matt e José fomos no carro de Sergio, os restantes no de Garay.
Quando Sergio foi estacionar melhor o carro, eu e o meu irmão fomos andando para o restaurante. Peguei no meu telemóvel e gravei uma mensagem de voz.
“Chris! É a Lorelei. Como estás? Não te liguei, porque podias estar a gravar… ou a dormir (risos). Hum… como vão as gravações? Espero que esteja tudo a correr às mil maravilhas! Tenho saudades tuas! Tenho saudades dos teus braços a abraçarem-me. Queria dizer-te uma coisa que nunca tive coragem e certezas suficientes para te dizer, mas agora consigo… Amo-te, Chris Evans.”
E desliguei.
Mordi o lábio para abafar a abundância de líquido que se acumulara nos meus olhos.
- Uff, estou cheia de fome, Matty! (…)
O jantar estava óptimo, óptimo! O pessoal estava bastante bem-disposto e as horas passaram-se a voar. À mesa, senti umas dores de barriga e eu pensei que finalmente fosse o meu período a dar de si.
Retirei-me e procurei o WC.
Entrei na cabine.
Não havia vestígios de sangue, nem sequer na urina.
De seguida, retirei o telemóvel do interior da pequenina bolsa que trouxera comigo e olhei para o calendário.
Hum…
Puxei o autoclismo e saí da cabine.
Virei-me de perfil em frente ao espelho e pousei as mãos no meu ventre esguio.
Massajei-o e fiquei à espera de algum sinal, qualquer coisa.
Respirei calmamente, executando movimentos circulares.
What. The. Fuck?!
Revirei os olhos e ri alto.
Sou tão doida! Alguma vez eu podia…
E ri mais.
Abri a porta ao abanar a cabeça.
Voltei à mesa e já se tinha decidido que a próxima paragem seria um bar.
O bar da nossa primeira noite em Espanha.
Uhhhh! Apetecia-me cantar! 





                                                                         Lorelei

                                                                         Olivia


4 comentários:

  1. Mas tu escreves e escreves e deixas-me KO.

    Espero o próximo.
    Besos.
    Ana Patrícia

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  2. AHAHAHAHHAH Vou considerar isso um elogio =D ehh ehh
    Virá, virá ;)
    Besitos
    (P.S. Ana Moreira? O_o)

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  3. Quero mais!! :D
    Boa sorte para a escrita! ;)
    Beijinhos*

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